Logo O POVO+
Elton John completa 70 anos hoje. V&A faz homenagem ao cantor
Vida & Arte

Elton John completa 70 anos hoje. V&A faz homenagem ao cantor

Roqueiro, baladeiro, hitmaker, sir Elton John completa 70 anos de vida. Para homenagear a história desse compositor inglês, o Vida&Arte elenca histórias curiosas, momentos marcantes e canções que o ajudaram a alcançar a realeza da música pop
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

BIOGRAFIA

Reginald Kenneth Dwight era um astro improvável do rock. Baixinho, gordinho, quase careca e cercado de dúvidas quanto à sexualidade, ele teve problemas de auto-estima e até tentou o suicídio. Ao abraçar a música, expurgou seus monstros e criou um personagem colorido para os palcos. Óculos e roupas extravagantes faziam parte do agora Elton John, cujo nome artístico veio de dois ex-companheiros de banda. Sucesso nos 1970, garoto-problema nos 1980, renascido nos 1990 e pai de família nos 2000, essa história foi contada em biografia escrita por David Buckley.

 

DUETOS INESQUECÍVEIS

Don’t Let The Sun Go down On Me – Lançada em 1974, no álbum Caribou, a música só chegou ao primeiro lugar das paradas 17 anos depois. No último show da turnê Cover to Cover, George Michael a incluiu no set list e ainda convidou Elton John para um dueto. Em 1985, eles já haviam se encontrado no Live Aid, quando George cantou a balada, enquanto Elton o acompanhava no piano.

Don’t Go Breaking My Heart – Em 1993, Elton John reuniu um grupo de amigos para gravar seu primeiro álbum de duetos. Entre os convidados, estava a drag queen Rupaul, que trouxe o roquinho inocente Don’t Go Breaking My Heart para as pistas de boates. A versão original da canção é de 1976 e foi dividida com a desconhecida Kiki Dee, que só assumiu o serviço por que Dusty Springfield ficou doente.


The Bitch Is Back – Em 1999, Tina Turner e Elton John dividiram os vocais desse rock escrachado na TV. A faixa lançada em Caribou – e regravada no álbum de estreia solo de Tina, em 1978 – já havia sido banida das rádios americanas por conta do tom ofensivo. Nem aí, a faixa tornou-se item obrigatório nos shows de ambos.


Whatever Gets You Thru The Night – John Lennon nunca achou que esse rock lançado no álbum Walls and Bridges (1974) iria fazer sucesso. Na época, o beatle andava em baixa na carreira, enquanto Elton John vivia seu auge. E foi este quem apostou com Lennon que, se a faixa chegasse ao primeiro lugar, eles iriam tocá-la ao vivo. Whatever... foi um sucesso e eles dividiram o palco do Madison Square Garden.


Bohemian Rhapsody – Quase seis meses depois da morte de Freddie Mercury, um time de estrelas se reuniu para homenagear o vocalista do Queen. Elton John entrou ao lado do Queen e recebeu Axl Rose – maior estrela do rock na época – para cantar Bohemian Rhapsody. Em seguida, Axl dá lugar a Tony Iommi (Black Sabbath), para dividir com Elton a emocionante The Show Must Go On. Delírio na plateia.


OBRA PRIMA

Apontado entre 1001 discos que você precisa ouvir antes de morrer, Goodbye Yellow Brick Road (1973) é o ponto alto da discografia de Elton John. Preso num quarto de hotel e entediado ao descobrir que o estúdio onde iria gravar não tinha boas condições, Elton começou a colocar melodias em algumas letras de Bernie Taupin. Assim, despretensiosamente, nasceram canções sobre Marilyn Monroe (Candle In The Wind), lesbianismo (All The Girls Love Alice), indústria fonográfica (Bennie And The Jets) e baladas (Saturday Night Alright for Fighting).

 

NO BRASIL

Elton John já inclui o Brasil no seu roteiro há muito tempo. A primeira vinda foi no fim dos 1970, quando passou o Carnaval ao lado de Rod Stewart e Peter Frampton. Show mesmo só em 1995, com a turnê Made In England. Ele também já esteve duas vezes no Rock In Rio. A primeira foi em 2011, quando, entre Katy Perry e Rihanna, o britânico fez um show cotado como protocolar e nada empolgante. “A grande decepção foi Elton John, sem dúvida”, tascou Roberto Medina, pai do mega festival. Quatro anos depois, ele fez as pazes com o evento num show empolgante e até cantou Your Song, limada da edição anterior.

 

NO CEARÁ

Em 2014, foi a vez de Fortaleza conferir o Rocket Man em cena. Diante de um entusiasmando público (que conferiu tudo sentado), Elton John enfileirou sucessos ainda na cota da turnê que celebrava os 40 anos de Goodbye Yellow Brick Road. Em busca principalmente das canções românticas, a plateia era formada principalmente por casais que se beijavam ao som de Sacrifice, Nikita, Sorry seems to be the hardest world e tantas outras.

 

NO CINEMA

No largo currículo de Elton John, estão algumas colaborações pontuais com o cinema. Por exemplo, ele ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de melhor canção original em 1995 por Can You Feel The Love Tonight, trilha de O Rei Leão. Algumas décadas antes, ele encarnou o louco Pinball Wizard no musical Tommy, do The Who. Agora, ele está escalado para um papel – ainda sem detalhes – no filme Kingsman 2. Ah! E como esquecer da sequencia do filme Quase Famosos, com roqueiros sorridentes cantando Tiny Dancer? Impossível.

 

O ÚLTIMO DISCO

Depois de uma série de lançamentos que ele mesmo admite terem sido desleixados, Elton John voltou ao estilo enérgico dos anos 1970 e retomou os bons trabalhos. Seu último lançamento foi Wonderful Crazy Night, de 2016. Com a voz mais grave que a do passado, o álbum abre com a acelerada faixa-título e emenda algumas baladas. O disco ainda traz de volta o guitarrista Davey Johnstone e o baterista Nigel Olsson, parceiros de início de carreira do compositor.

O que você achou desse conteúdo?