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Marcos Sampaio
ENVIADO A SÃO PAULO*marcossampaio@opovo.com.br
Vem do início dos anos 1960 a história de uma batida que revolucionou a música brasileira. Numa mistura de rock, samba, soul, blues e o que mais havia de música negra, essa batida apelidada de samba-rock serviu de base para fazer o povo brasileiro se orgulhar de sua raça e dançar ao mesmo tempo. O pai dessa mistura se chama Jorge Duílio Lima Meneses, mas ficou conhecido como Jorge Ben Jor.
Por esse imenso serviço prestado à cultura nacional, é Jorge Ben o homenageado de 2017 no projeto Nívea Viva. A turnê tem pré-estreia no dia 14 de março, com um show fechado para convidados no Rio de Janeiro, e faz sua estreia para o público em 2 de abril, em Porto Alegre. Serão seis cidades, incluindo Fortaleza - no dia 7 de maio - sempre com shows gratuitos. Além do homenageado, o show conta com as participações de Céu e Skank.
“Eu tenho todos os discos, acompanho há muito tempo e minha mãe foi musa de uma música dele, a Carolina Carol Bela”, comentou Céu, em coletiva realizada em São Paulo.
O grupo está com 32 músicas no radar, entre clássicos mundiais e outras mais obscuras, para escolher o repertório definitivo. Por enquanto, a única certeza é que a abertura é com O dia em que o sol declarou seu amor pela terra. Com direção musical de Dadi Carvalho, que integrou a banda Admirável Jorge V nos anos 1970, o show começa com Skank. O quarteto ganha o reforço de sua banda de apoio e do percussionista Lincoln Cheib. “Nós poderíamos usar programação, mas não seria a mesma coisa. Achamos que o show merecia isso, teria que ser orgânico”, justificou o baterista Haroldo Ferretti, do Skank. Céu entra como convidada dos mineiros e a apresentação encerra com Jorge Ben e sua Banda do Zé Pretinho. “Modéstia a parte, a banda do Zé Pretinho quando chega, chega chegando”, adiantou o homenageado.
Ao longo da sua história, o projeto Nívea Viva já prestou importantes tributos à música brasileira. Começou em 2012 com Maria Rita cantando Elis. Passou pela Bossa Nova, com Vanessa da Mata cantando a obra de Tom Jobim no ano seguinte. Depois sambou bonito quando reuniu Roberta Sá, Alcione, Martinho da Vila e Diogo Nogueira. Visitou a soul music quando Ivete Sangalo e Criolo homenagearam Tim Maia. E, no ano passado, foi a vez do rock, com um time estelar que reuniu nomes como Nando Reis, Paralamas do Sucesso, Paula Toller e Dado Villa Lobos numa ópera guitarrística. Com Jorge Ben, o projeto retorna a todos esses estilos, uma vez que o carioca já se serviu de todos eles.
*O repórter viajou a convite do Nívea Viva.
SERVIÇO
Agenda da turnê Nívea Viva Jorge Ben Jor
14/3 - Rio de Janeiro (evento fechado)
2/4 - Porto Alegre
9/4 - Rio de Janeiro
7/5 - Fortaleza21/5 - Recife
11/6 - Brasília25/6 - São Paulo