O ranking não o explica
Testamos o sedã médio da montadora japonesa, fabricado no México, pelas ruas de Fortaleza. O carro é um dos melhores da categoria, mas amarga um injusto 7º lugar no ranking de vendas[FOTO1]
Jocélio Leal
leal@opovo.com.br
O atrevimento da Nissan está no Sentra. Mas não confundir com ousadia, como fez a Honda com o Civic. Quando mudou, o Sentra manteve a sobriedade do segmento, ainda que tenha ganhado atributos que o rejuvenesceram. São três configurações – S (R$ 81.900), SV (R$ 89.900) e SL (R$ 102.900). O sedã médio, pelo que é, merecia posição muito melhor do que o 5º lugar do ranking da categoria (Fenabrave) em 2016 e o 7º por enquanto em 2017 (jan-fev) com 498 unidades vendidas ou 2,66% do segmento.
O carro é bonito, oferece um pacote de tecnologias que satisfaz e entrega uma série de atributos como câmbio CVT e controles de tração e estabilidade em todas as versões. Há capricho no rapaz. Em forma de faróis de LED, som Bose (são quatro alto-falantes, dois tweeters e dois subwoofers), detector de ponto cego nos retrovisores e alerta de colisão frontal. Em suma, coisas que não se encontra fácil no menu da concorrência.
Mesmo nos líderes.
O bloco na rua desenvolve 140 cavalos de potência a 5.100 rpm e entrega torque de 20 kgfm a 4.800 rpm. O Sentra também foi o primeiro sedã do segmento a eliminar o tanquinho auxiliar da partida a frio em todas as versões. O discurso da Nissan é de que a suspensão foi adaptada para atender aos padrões de conforto dos consumidores de sedãs médios. Anunciou quando do lançamento um reforço na barra estabilizadora da suspensão traseira e melhoria no embuchamento de rolamentos e dos amortecedores. Na prática, em Fortaleza, bom reforçar, os efeitos de ressonância/trepidação no interior parecem mesmo terem sido mitigados.
O volante é multifuncional. Mas...para quem música é companhia até na hora de manobrar na garagem, a posição dos botões vira item de muita importância. Nisso, ele poderia ser mais prático. O de volume então... Ok, a coluna de direção é ajustável em altura e profundidade. Detalhe que faz falta – não chega a ser um pênalti - é um botão de travamento das portas com luz.
O quadro de instrumentos é bacana, mas bem poderia ter um velocímetro digital. O banco é de couro - com ajustes elétricos. Quanto ao espaço interno, não há do que reclamar. O motorista leva quatro passageiros com absoluto conforto. Tampouco é justo reclamar do porta-malas. Imenso. Caso você tenha dirigido por alguma razão um Fiat Mobi antes, se assemelha a um estádio.
Eis mais um exemplo de como o ranking dos mais vendidos não traduz a qualidade de quem está longe da liderança.
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