Compass merece entrar no cardápio
Fabricado sobre a mesma plataforma que o Renegade, em Goiana (PE), o modelo tem como virtude um novo motor com desempenho muito melhor que o primo, mas bebe um tanto demais[FOTO1]
Jocélio Leal
leal@opovo.com.br
O novo Jeep Compass é daqueles carros que merecem ser recomendados ao amigo indeciso e interessado no segmento. As virtudes justificam que ele componha o cardápio. No mercado desde setembro do ano passado, ratifica o posicionamento agressivo da Jeep desde a estreia do Renegade, fabricado sobre a mesma plataforma, no Interior de Pernambuco (Goiana). O POVO testou a versão intermediária, a Longitude Flex em Fortaleza, vendida por R$ 109,9 mil.
O Compass, de certo modo, oferece algo do que o Renegade tem – incluindo atributos subjetivos, como o charme - em um patamar acima. Sim, há elementos no carro que são idênticos ao primo. Eles estão no painel de instrumentos, no volante e no câmbio, por exemplo. Não, não é apenas uma versão maior do jipinho. Traz ainda nova central multimídia. A tela é de 8,4 polegadas. O acabamento também supera. Tem até saída de ar para quem vai no banco traseiro.
Em termos de diferença, uma muito importante: o motor é outro. No Compass Flex, o Tigershark não frustra como o 1.8 e.TorQ do Renegade. Sente-se isso nas acelerações mais rápidas. São quatro configurações equipadas com o novo 2.0 Tigershark de até 166 cv. Em área privada, guiando acima de 100 km/h o Compass flex é um carro tranqüilo, silencioso. As versões flex, aliás, são a base das vendas do modelo. Sete em cada 10, pelas projeções de lançamento.
Mas nem tudo são flores. O nobre motorista precisa ter algum desprendimento. O consumo de combustível não fascina com 5,5 km/l na cidade e 7,2 km/l na estrada (com etanol). Com gasolina, 8,1 km/l e 10,5 km/l, de modo respectivo.
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O Compass cumpre muito bem o seu papel de ponte. Fica entre o Renegade e o Grand Cherokee. Do primão mais rico, ele tem grandes semelhanças no design. E no acabamento também. Esqueça aquele monte de plástico ruim que tem por aí. Veem-se estas características nas texturas emborrachadas.
Na opção de entrada, a Sport (sim, ele segue nomenclatura do Renegade) tem central multimídia com GPS e câmera de ré, controlador de velocidade com limitador, monitoramento da pressão dos pneus e assistente de partida em rampa. Na Longitude – a que testamos - agregue o ar-condicionado de duas zonas, chave presencial (não, não precisa enfiar), rodas de liga - leve aro 18 e volante revestido de couro.
Na hora de ajudar o amigo lá do começo da matéria, lembre a ele quais são os concorrentes. Dois deles: o Hyundai ix35 e o Kia Sportage LX. Estes dois pecam por não terem controles de tração e de estabilidade, de série no Compass.
SAIBA MAIS
- O porta-malas é um amigo seu em dia de supermercado e de transporte de malas. Imagine 410 caixinhas de leite de um litro. É assim que as montadoras medem. O Renegade tem 283 litros.
- As duas versões de início são, por assim dizer, quase semelhantes. A Sport cumpre a missão de figurar como chamariz e você será convencido a levar a Longitude.
- A Sport Flex custa a partir de R$ 101,9 mil.
SERVIÇO
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Av. Rogaciano Leite, 323, loja 2, Guararapes
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Via Sul Jeep
Av. Santos Dumont, 7800, Papicu
Telefone: (85) 3535 6400
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