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Nota de crédito do País pode ser rebaixada
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Nota de crédito do País pode ser rebaixada

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A revisão da meta fiscal põe na berlinda a questão de que o Brasil possa sofrer um rebaixamento da nota de crédito dada pelas agências de classificação de risco. A nota é uma espécie de selo dado pelas agências e indica quanto uma economia, por suas condições internas, é confiável aos olhos dos investidores estrangeiros.
 

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) informou,  após o anúncio da mudança da meta, que mantém observação para possível rebaixamento. Hoje o Brasil é classificado pela S&P como uma economia de risco especulativo (BB). Na semana passada, o presidente Michel Temer chegou a dizer que o País deve voltar em breve a ter o selo de bom pagador.
 

Já em relatório divulgado na segunda-feira, a agência S&P alertava que o Brasil é o mercado emergente com maior potencial de rebaixamento, junto com África do Sul, Cazaquistão e Turquia. O documento menciona os escândalos de corrupção no País e a continuidade da incerteza política como fatores capazes de dificultar a agenda de reformas estruturais e o ajuste fiscal.
 

Alguns analistas já avaliam que uma possível piora do rating soberano do Brasil está a caminho. Para o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, considerando a possibilidade de o déficit chegar a algo como R$ 170 bilhões, seria difícil nenhuma agência de classificação de risco não reagir à mudança e baixar a nota.
 

“O rebaixamento virá sim, mas não necessariamente na sequência desse anúncio da revisão da meta”, afirmou o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Ele acredita que a não aprovação da reforma da Previdência será mais relevante para o rebaixamento da nota do País. Mas ele ponderou que não descarta totalmente a possibilidade de que uma das agências veja a mudança de meta com preocupação e rebaixe o País agora. (Agência Estado)

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