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Operação mira célula do PCC no RN
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Operação mira célula do PCC no RN

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O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte deflagrou ontem uma operação contra integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. A Operação Juízo Final, que teve apoio da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, focou na atuação da facção dentro do sistema penitenciário potiguar e foi resultado de mais de dois anos de investigação.


Segundo as investigações, os líderes da facção movimentaram no Estado, em dois anos, aproximadamente R$ 6 milhões. O dinheiro, de acordo com os investigadores, servia para articular o tráfico de drogas, financiar a compra de artefatos usados em roubos de veículos, estouros de caixas eletrônicos, homicídios e na estruturação da facção. A força-tarefa cumpriu 129 mandados de busca e apreensão, 21 mandados de prisão e 24 conduções coercitivas em 13 unidades prisionais do Rio Grande do Norte, no Presídio Federal de Porto Velho e em 18 cidades potiguares.


De acordo com o Ministério Público, os investigados “comandam o tráfico de drogas de dentro dos presídios apresentando uma área de atuação em praticamente todo o sistema carcerário potiguar e mantendo articulações com integrantes da investigada facção (PCC) em outros Estados do Brasil”.


Durante a investigação, foram apreendidos cadernos com a relação dos membros do Primeiro Comando da Capital no Estado potiguar, além do número de identificação, apelido, data de batismo na organização criminosa, relação de dívidas e padrinho.


Também foram apreendidos documentos bancários que comprovam a movimentação financeira dos envolvidos. As investigações apontam que os traficantes e demais membros do PCC mantêm “um esquema familiar” que usava contas bancárias fornecidas por mulheres de presos ligados à facção para a movimentação do dinheiro oriundo do tráfico e de explosões de caixas eletrônicos. Pelo menos 184 contas foram investigadas a partir de autorização judicial. Em uma única conta analisada pelos promotores foi identificada a passagem de R$ 1,3 milhão. (Agência Estado)

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