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Protesto em frente à casa do presidente Michel Temer ontem à noite, em São Paulo, foi marcado por confronto entre manifestantes e a polícia. A residência fica localizada na zona oeste da capital paulista. A tropa de choque usou bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar o grupo de manifestantes, alguns com os rostos cobertos, que reagiu atirando pedras e paus.
[SAIBAMAIS]
O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa, havia anunciado que a Polícia Militar não iria permitir bloqueio de vias importantes ou protestos em frente à casa do presidente. “Não é a primeira vez que manifestação vai na direção da casa do presidente de da República. Nós vamos atuar exatamente como atuamos das outras vezes: nós vamos impedir, fazendo bloqueios na chegada à casa do presidente da República”, disse ao falar sobre o esquema montado para acompanhar os protestos de ontem.
Durante todo o dia, trabalhadores paralisaram as atividades em vários setores do país, especialmente do transporte público, em adesão à greve geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Temer.
O presidente Michel Temer estava em Brasília. Em nota, Temer manifestou-se sobre os protestos contra as reformas e afirmou que “houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações”. O presidente acrescentou que os debates sobre as reformas – alvo de críticas das centrais sindicais – continuarão a tramitar no Congresso Nacional.
Confrontos
Aos gritos de “Fora Temer”, um carro de som convocava os manifestantes a seguirem até a barreira montada em frente à casa de Michel Temer, para colocarem uma bandeira e dar o fim simbólico ao ato.
Antes, “black blocs” entraram no meio da passeata na Avenida Pedroso de Moraes e jogaram pedras em quatro agências bancárias e uma concessionária da Audi. Manifestantes mais assustados apertaram o passo para chegar perto da lideranças organizadas, mas houve quem também aplaudisse o ato.
A passeata saiu do Largo da Batata, também na zona oeste. Os líderes do movimento estimam que 70 mil pessoas participaram da manifestação.
O Largo da Batata começou a ficar vazio à medida que os manifestantes seguiam no sentido da Praça Panamericana. Parte dos manifestantes decidiu não seguir a passeata e buscou o metrô ou iniciou uma caminhada para outros pontos do bairro. O grupo “black bloc” que causou tumultos na Avenida Faria Lima permaneceu parado no começo do Largo.