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Temer intensifica força-tarefa para acelerar votação na CCJ

2017-07-12 01:30:00
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Depois de trocar 18 membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados para garantir votos contra a denúncia, o presidente Michel Temer (PMDB) direciona todas as energias para votar o relatório na CCJ e no plenário até a próxima sexta-feira, 14.


Para isso, interlocutores do presidente tentaram desfazer o acordo entre líderes partidários e o presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que estende o direito à fala para todos os 132 membros e mais 40 parlamentares que não integram a CCJ.


Diante da negativa de Pacheco, o governo se movimentou para tentar evitar que deputados da base usem o direito à fala no tempo de discussão do relatório para acelerar o trâmite.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez ontem um apelo para que os deputados permaneçam em Brasília até sexta-feira para votar a matéria.


Maia reconheceu, no entanto, que é “muito difícil” que isso aconteça, já que seria necessário um quórum de 342 deputados na Casa. O recesso parlamentar está agendado para o dia 17 de julho.


Simpático ao governo, embora do PSB — que passou integrar a oposição —, o deputado Danilo Forte, que ainda não se manifestou sobre o voto, adiantou que não deverá abdicar da fala. “Vou falar, lógico. Foi um rito estabelecido entre os líderes. A palavra tem que valer alguma coisa aqui”, disse.


Domingos Neto (PSD), que vai votar contra a denúncia, disse que o bloco de cinco parlamentares do partido deverá usar apenas um tempo para discutir a matéria, seguindo a estratégia do Palácio do Planalto. “O relatório (do deputado Sergio Zveiter, do PMDB) é muito frágil, político”, conclui.


Cabo Sabino (PR), que é membro suplente da comissão, não garantiu que vai usar os 15 minutos da fala. “Vou decidir isso no decorrer da semana”, afirmou.


STF

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, rejeitou um pedido feito pelo deputado Delegado Waldir (PR-GO), que queria a anulação do ato da liderança do PR que o substituiu na CCJ. Ele afirmou que, apesar de a substituição ser um assunto interno da Câmara, estaria havendo interferência do Executivo.

 

A oposição protocolou no STF uma ação para garantir que seja restaurada a composição prévia da CCJ. Os parlamentares pedem que sejam declaradas nulas todas as alterações. Não houve decisão sobre essa questão.


Ainda ontem, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), que é vice-líder do governo, entrou como membro titular na vaga do deputado Lincoln Portela (PRB-MG). (com agências)

 

Wagner Mendes

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