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Integrando atos “Basta! Com meu dinheiro, não!” contra o financiamento público de campanhas e fundo partidário em todo o Brasil, membros do partido Novo se concentraram em dois pontos da cidade durante o dia de ontem. Pela manhã, cerca de 100 pessoas, segundo a organização, passaram pelo estande do partido no Parque do Cocó. À tarde, outro estande foi montado no Aterro da Praia de Iracema. O evento tem o intuito de combater a existência tanto do fundo partidário quanto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara Federal e cria um fundo eleitoral para campanhas. O valor inicial debatido era de R$ 3,5 bilhões e já saltou para R$ 5,9 bilhões.

Segundo Marcelo Marinho, da executiva estadual do Novo, a sigla acredita que “o fundo partidário deve acabar”. Ele afirma que “esse dinheiro todo sendo destinado à saúde, educação e segurança” fariam do “Brasil um outro País”.

“Os partidos não têm uma boa gestão do fundo partidário. Ou serve pra clientelismo, para partidos nanicos, ou pra financiar sindicatos para ficar dando suporte ao governo que está na situação. Esse aumento proposto é o imposto meu, seu e de todos nós, sendo mal aplicado”, crítica Marinho.

O partido Novo, de acordo com Marinho, “sobrevive há cinco anos” apenas da “contribuição de seus filiados”, “doações esporádicas de pessoas físicas” e eventos. “Temos preocupação que esses R$ 6 bilhões abram outra janela, escancarada, para a corrupção. Os partidos se utilizarão dos impostos para fomentar sua permanência do poder. Isso é muito grave”, complementa.

Marinho argumenta que, apesar dos casos de corrupção envolvendo financiamento de empresários investigados pela Operação Lava Jato, o problema de doações privadas é “cultural” no Brasil. (Daniel Duarte)