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Apesar de chuva, seca resiste, alertam especialistas

2017-07-26 01:30:00
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Apesar de a quadra chuvosa no Ceará ter sido um pouco mais generosa em 2017 do que nos últimos cinco anos, ainda estamos em situação de seca, com dificuldades de abastecimento nos principais reservatórios para Capital e Interior.


Para a edição do “O POVO Quer Saber” de ontem, foram convidados o diretor de Planejamento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), Ubirajara Patrício, e o professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará (UFC), Nilson Campos.

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As chuvas dos últimos meses no Ceará não foram bastantes para abastecer rios e açudes. “Não choveu o suficiente para gerar um volume bom nos rios para renovar os estoques dos açudes. Chegamos no final de junho (de 2017) basicamente no mesmo estoque de água que tinha no ano passado, só deu para repor o que foi gasto no período”, explicou Campos.


Alertando a população para continuar economizando água, Ubirajara Patrício explicou também que a chuva não necessariamente vai aumentar o volume das reservas. “Para ter escoamento e gerar aporte nos reservatórios, é preciso ter água concentrada em pequenos intervalos de tempo e bem definida nas bacias dos reservatórios”, disse.


Segundo ele, “se chover depois da barragem, o açude não enche. Então é necessário que essa chuva caia em quantidade concentrada próximo aos riachos que correm para o reservatório, é por isso que nem toda a chuva se converte diretamente em aporte aos reservatórios”.


Os especialistas não descartaram a possibilidade real de racionamento no Estado, já que, se não forem concluídas as obras da transposição das águas do Rio São Francisco e as chuvas não aumentarem o volume dos reservatórios na próxima quadra, o Ceará só teremos água garantida até outubro do ano que vem.

A possibilidade de colapso hídrico é real, afirmam.


Campanha

Os participantes do “O POVO Quer Saber” discutiram ainda sobre a campanha governamental de conscientização da população sobre a necessidade de economia de água. O diretor da Cogerh e o professor universitário consideraram “fraca” a proposta de persuasão popular.

Para Nilson Campos, a “campanha foi tímida”. Ubirajara Patrício destaca a necessidade de uma campanha mais operacional. “Queríamos uma coisa mais sensível, mostrando mais uma questão operacional, de onde vem a água, o quanto ela percorre para chegar aqui, o custo de energia, para o usuário perceber na prática como a água chega”, questionou.

 

SERVIÇO

 

O POVO Quer Saber, hoje, às 11 horas

Tema: “Adoção: quando e como fazer? E por quê?”

Participantes Dairton Costa de Oliveira, promotor de Justiça do Cadastro Nacional de Adoção e Programas de Apadrinhamento em Fortaleza; e Lucineudo Machado, vice-presidente do Grupo de Apoio à Adoção Acalanto

Onde: Rádio O POVO/CBN 95.5 FM e 1010 AM

Wagner Mendes

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