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A possibilidade de Michel Temer consultar outras carreiras do Ministério Público para escolher o substituto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é vista com ressalvas por associações da categoria. A preocupação é de que a iniciativa seja usada para enfraquecer a Operação Lava Jato num momento em que o Palácio do Planalto e o Ministério Público Federal entraram em rota de colisão.

Tradicionalmente, a escolha é feita a partir de uma lista tríplice feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), mas não há obrigação legal para que a relação seja respeitada. Atualmente, o Planalto analista alternativas além da lista da ANPR. O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, sugeriu que outras associações do MPU apresentem nomes para o cargo.

O presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, disse estar confiante de que Temer não vai ignorar a lista tríplice da entidade para encontrar o substituto de Janot, pois, inclusive, já assumiu publicamente a intenção de acatar as sugestões da associação.

Oito subprocuradores se inscreveram para concorrer na eleição interna Todos defendem a continuidade das investigações da Operação Lava Jato. “Qualquer nome fora dessa lista seria um desastre para o País. Não consigo saber qual seria o benefício para o governo, pois esse nome não teria liderança nenhuma no MPF”, disse.

A votação dos integrantes do MPF será feita no próximo dia 26, mesma data em que os cerca de 1.500 associados das demais carreiras do MPU devem ser consultados. (das agências de notícias)