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Rede apresenta pedido de impeachment

2017-05-18 01:30:00
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O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) protocolou ontem à noite na Câmara um novo pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) por crime de responsabilidade.

[SAIBAMAIS]

O pedido é baseado na gravação que teria sido feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, com Temer dando aval para “compra de silêncio” do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi divulgada ontem
pelo jornal O Globo.


Além do impeachment, a oposição também cobra a renúncia imediata de Temer. “Impeachment demora uns três meses. Mais rápido seria a renúncia”, defendeu o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE).


Segundo o deputado José Guimarães (PT-CE), outra estratégia dos opositores será tentar paralisar o funcionamento do Congresso até a convocação de eleições diretas para presidente da República.


“A situação é muito grave. Ou se faz o impeachment ou não se faz mais nada neste País”, disse o petista.


Na Câmara dos Deputados, já há atualmente outro pedido de impeachment contra o presidente aberto por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).


A decisão do ministro é de abril do ano passado. Desde então, a comissão especial que analisará esse primeiro pedido ainda não foi instalada na Casa. Isso porque líderes de partidos da base aliada resistem a indicar os deputados de suas bancadas para compor o colegiado.


DEM

Líder do DEM na Câmara, o deputado Efraim Filho (PB) afirmou ontem que não descarta a possibilidade de um processo de impeachment ser aberto contra Temer após as notícias sobre a delação.

 

Segundo ele, o Congresso agora tem que ter “serenidade” para avaliar os fatos que vieram à tona e dar respostas rápidas à sociedade. “A investigação irá dizer se houve infração à Constituição. Se houve, a Constituição tem que ser seguida”, afirmou.

 

SAIBA MAIS


Manifestações

Uma manifestação na avenida Paulista pedindo a saída de Michel Temer (PMDB) da Presidência ganhou corpo no final da noite de ontem e passou a interromper o fluxo de veículos em um dos sentidos da via, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

De acordo com transmissões ao vivo nas redes sociais, os manifestantes se concentraram no local, do qual saíram em passeata até o centro da cidade.


O ato começou a partir de um outro evento que ocorria no vão do Masp, organizado pela Frente Povo Sem Medo, para debater as reformas propostas pelo governo Temer.


Organizadores do debate, após a divulgação das denúncias contra Temer, passaram a convocar manifestantes. Eles estimam que 5 mil pessoas estavam presentes. A Polícia Militar não forneceu estimativa de público.

 

Adriano Nogueira

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