Atualizada às 17h35

Durante a sessão ordinária de ontem, na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Guilherme Sampaio (PT) questionou aluguel de prédio comercial para gabinete do vice-prefeito Moroni Torgan (DEM). O estabelecimento custará R$ 22 mil mensais à Prefeitura, totalizando R$ 792 mil durante os 36 meses de aluguel no contrato. Base do governo não vê problema no aluguel.

Diário Oficial do Município, do dia 23 de março, decretou dispensa de licitação para aluguel do prédio, localizado no bairro do Papicu, próximo ao Shopping RioMar. O estabelecimento, em local privilegiado, possui 750m² em três andares, contando com sala de reuniões, espaço para eventos, área de lazer, terraço, refeitório e vagas internas e externas para até 18 carros.

Guilherme Sampaio critica o aluguel do prédio e questiona a necessidade de um estabelecimento próprio e separado para o gabinete.

“Não tinha nenhum puxadinho ali no Paço Municipal pra receber o vice-prefeito? R$ 792 mil de aluguel para uma vice-prefeitura num momento em que sequer a Guarda Municipal teve reajuste assegurado, que está previsto na regulação”, diz.

Para Adail Jr. (PDT), a iniciativa é justa para “ter uma vice-prefeitura sendo bem tratada”. “É a 5ª Capital do País. Muito me espanta apresentar um prédio desse e achar caríssimo uma mensalidade de R$ 22 mil”, argumenta o vereador.

Em nota, a Prefeitura alega que iniciou no ano passado uma série de medidas de contenção de gastos, o que incluiu a redução do custo de terceirizados, comissionados, redução de carros e de imóveis locados.

"O município está, também, em permanente reavaliação de contratos de locação, renegociando valores de aluguéis ou devolvendo imóveis, além de procurar prédios com infraestrutura melhor e valores mais baixos do que os que estavam sendo pagos nos contratos em vigor. É o que está sendo feito no caso do imóvel onde funciona, atualmente, a vice-Prefeitura de Fortaleza, locado por valor mensal de R$ 49.394,40. O prédio será devolvido em junho deste ano, quando vence o contrato em vigor, para que o município não seja obrigado a pagar multas por quebra de contrato. O novo prédio alugado terá custo mensal de R$ 22 mil, mais de 50% menor do que o que é pago atualmente", diz a nota. (Daniel Duarte)