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Lava Jato fez pedidos de cooperação a 42 países

2017-03-18 01:30:00

A Lava Jato, que completu ontem três anos, fez 183 pedidos de cooperação internacional a 42 países nos últimos de três anos. Nesse período, 14 países, além de repassar informações, também receberam dados de investigações realizadas pelo MPF brasileiro. “A cooperação jurídica internacional é um dos pilares da Operação Lava Jato, porque as informações que foram produzidas a partir desses contatos com autoridades estrangeiras foram fundamentais para expandir as investigações e para o oferecimento de acusações graves contra pessoas importantes no esquema identificado”, afirmou ontem o procurador da República Paulo Roberto Galvão de Carvalho, durante a divulgação do balanço, em Curitiba.


A troca de informações com outros países, como Suíça e Estados Unidos, levou à recuperação de R$ 756 milhões - R$ 594 milhões já foram repatriados.


O secretário de Cooperação Internacional do MPF, o subprocurador-geral Vladimir Aras, afirmou que o Brasil precisa de uma lei para regular a troca de informações com estrangeiros. “Espera-se que o Brasil apresente uma lei de cooperação internacional, o Brasil tem apenas alguns acordos”, disse.


Durante a coletiva, o chefe da Unidade de Inteligência do Serious Fraud Office, o inglês Marc Brown, disse que crimes que extrapolam fronteiras tornam essenciais esses acordos. Ele participou do Seminário Reino Unido-Brasil: Diálogos sobre Corrupção, Processo Penal e Cooperação Jurídica Internacional.


“Está claro que, nas investigações em grande escala e onde há múltiplas jurisdições e crimes acontecendo ao redor do mundo, a solução é as autoridades trabalharem de forma conjunta para compartilhar a inteligência e as evidências para fazer com que essas pessoas paguem”, afirmou. Brown citou casos como o escândalo de corrupção envolvendo a inglesa Rolls Royce, mas disse que não estaria autorizado a comentar o assunto.

 

Adriano Nogueira

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