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Roberto Claudio diz que Fortaleza assumiu novo protagonismo global
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Roberto Claudio diz que Fortaleza assumiu novo protagonismo global

Convidado para evento em nova york, em julho, junto com gestores de outras 39 cidades do mundo, roberto cláudio diz haver uma curiosidade global hoje em relação à capital
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Prefeito de Fortaleza desde 1º de janeiro de 2013, com direito a reeleição após acirrada disputa pelo cargo no ano passado, o médico Roberto Cláudio, do PDT, comemora o fato de sua gestão manter as contas equilibradas em meio a desafiador quadro de persistente crise econômica. Dá a receita, nesta entrevista, mas adianta-se preocupado com a perspectiva do cenário persistir em 2018. Em conversa com O POVO por mais de uma hora, na tarde da última segunda-feira, o pedetista fez um balanço de sua gestão, assumiu compromissos, esclareceu dúvidas e evitou antecipar, quando provocado, se está em seus planos políticos futuros disputar o governo do Estado. Como detalhe complementar, também não descartou a possibilidade. Confira os trechos principais:

OPOVO - Já com quatro anos e meio no cargo, o que é que deixa o senhor à vontade como prefeito e o que ainda causa incômodo?


ROBERTO CLAUDIO - Primeiro, eu sinto muita gratidão pelo fato de estar prefeito pelo segundo mandato consecutivo, aos 42 anos, da cidade onde nasci, onde cresci. Este é um primeiro aspecto, e, segundo, há uma certa pressa. Neste tempo a gente já tem algumas conquistas, algumas realizações, e agora são mais três anos e meio para constituir um legado, deixar realizações, transformações que a gente espera que tenha um lugar marcado na história da cidade. As expectativas de moradores de bairros diferentes são distintas, então, diria que o primeiro mandato foi de conhecimento, em especial, da alma do fortalezense. Agora, além de mais pressa e mais vontade, chego, também, mais conhecedor da realidade da cidade.

 

OP - E o incômodo?

ROBERTO CLAUDIO -Algo que ainda não consegui e, por essa razão, está sendo objeto de cuidadoso planejamento desde o começo do governo, de um estudo para agirmos com mais eficiência, é uma política de mais resultados na área de resíduos sólidos. Foi criada aqui na cidade a cultura de que a política de resíduos sólidos se resume à coleta e que o problema do lixo na rua se resolve, simplesmente, aumentando esta coleta. Se olharmos para trás veremos que Fortaleza, nos últimos anos, só aumentou o volume de lixo coletado e ano a ano torna-se uma cidade mais suja. Quando você conhece as experiências que deram certo mundo afora verá que são experiências de menos coleta e de mais cidadania. As cidades mais limpas, muitas vezes, coletam o lixo apenas uma vez na semana, ou duas, havendo cidades em que a coleta é obrigação do cidadão. E são cidades muito limpas. Aqui, temos a cultura de coletar cada vez mais e, como a coleta muitas vezes é diária, como é o caso da avenida Leste Oeste, com sete vezes ao dia, acaba se transformando esses corredores onde há mais coleta nos mais sujos. Claramente, transformando a coleta num incentivo ao lixo, razão pela qual estamos estudando com especialistas locais e de fora, estamos tentando entender melhor o problema, para lançar um conjunto de ações que transformem essa gestão dos sólidos numa gestão mais inteligente, mais eficiente, inclusive economicamente. Nessa ação do lixo que nós deveremos lançar agora no segundo semestre está prevista a criação de um aplicativo que vai tornar mais fácil às pessoas que queiram contribuir com a coleta seletiva, permitindo que elas, de dentro de casa, possam ajudar. Criaremos um novo sistema, através de um aplicativo, de coleta domiciliar de resíduos recicláveis, como forma de estimular o cidadão a entender e criar uma nova cultura de responsabilidade com a cidade.

 

OP - Outra área muito sensível hoje ao Brasil, e para Fortaleza, é a segurança. O papel do Município é difuso, não aparece muito claramente, embora seja importante. O senhor trouxe para sua aliança o ex-deputado Moroni Torgan, atual vice-prefeito, dando-lhe papel fundamental, inclusive como coordenador das ações da área no âmbito da Prefeitura. Qual avaliação do desempenho dele?

ROBERTO CLÁUDIO - São apenas sete meses de gestão, portanto, obviamente, é ainda muito cedo para qualquer avaliação. Mas, internamente, diria que já há uma mudança muito clara com a chegada do Moroni, porque o assunto ganhou um protagonismo novo no âmbito municipal. Nós temos muita clareza de que o papel da Prefeitura não é de substituição das responsabilidades policiais dos governos do Estado ou da União. É um papel complementar, embora possa, mais do que isso, até, seja imprescindível para modificar as circunstâncias e a realidade de onde a violência é produzida. Moroni criou um Conselho integrado por diversos especialistas, tem conversado com todos os órgãos da Prefeitura, sociais, econômicos, tem estudado indicadores e realizou um plano, que passará a ser colocado em pauta, na perspectiva prática, a partir de novembro. Começará pelas dez áreas de maior incidência de homicídios na cidade de Fortaleza e a grande filosofia por trás dele é a criação de um mecanismo de vigilância territorial comunitária. A ideia é, em áreas de 14 quarteirões quadrados, em média, estabelecer uma torre de observação da Guarda Municipal, com um efetivo que terá 40 guardas municipais e, em parceria com o governo do Estado, 15 policiais militares, além de câmeras de vigilância, e, a partir disso, estabelecer uma grande operação de saturação na observação, monitoramento e vigilância no dia-a-dia da comunidade. Isso, com a presença de guardas municipais e da Polícia fiscalizando a prevenção primária. Entretanto, essa ação virá casada, em cada um dos territórios, por um conjunto de iniciativas urbanas, do tipo iluminação, projetos de educação, de assistência, de um maior cuidado com dependentes químicos, de capacitação para o trabalho, tudo chegando junto, ao mesmo tempo dessa ação de monitoramento e vigilância. Basicamente, é você ter uma estrutura de monitoramento muito mais descentralizada e mais bem integrada com a Polícia, assim é que, entendemos, a Prefeitura pode contribuir, para além do que ela já faz e que, na minha visão, é a grande ação transformadora para mudar o cenário de violência na cidade. Como o aumento das vagas para o ensino infantil, a implantação da educação em tempo integral, descentralização e ampliação da oferta de políticas para a juventude, especialmente qualificando nas áreas de cultura e esporte, ações, no geral, que podem produzir na cidade uma realidade de oportunidades de engajamento diferente no médio e no longo prazo. Sim, a chegada do Moroni já trouxe, internamente, novo protagonismo para a área, mas os resultados passarão a ser sentidos apenas a partir da implantação da nova política territorial, chamada Células de Proteção Comunitária. Iremos começar pelas áreas do Jangurussu e das Goiabeiras, na Regional I, prevendo-se que ainda no primeiro semestre do próximo ano chegue às 10 áreas mais violentas de Fortaleza.

 

OP - O senhor participou, em julho, de uma imersão de 40 prefeitos de todo o mundo realizada em Nova York. Por que Fortaleza foi a única cidade brasileira convidada?

ROBERTO CLAUDIO - O evento foi organizado pelas escolas de Negócios e Políticas Públicas de Harvard e pela Fundação Bloomberg, que é de um ex-prefeito de Nova York (Michael Bloomberg) que tem parcerias com centenas de prefeituras em todo o mundo, inclusive Fortaleza. Há parcerias da Bloomberg com outras prefeituras brasileiras e da América Latina, não sei exatamente qual o critério estabelecido para nos incluir na lista de convidados, mas o certo é que tive o privilégio de participar de um encontro de muito aprendizado para mim. Vi, ali, muitas lições, discutimos realidades que, ao, mesmo tempo, eram distintas e, em outras circunstâncias, muito comuns, A tarefa de ser prefeito, em síntese, a despeito de realidades econômicas diferentes, constitucionais, até, o papel do prefeito varia de um país para o outro, mas a perspectiva de comandar o poder local, lidar com circunstâncias que muitas vezes estão sob sua responsabilidade, mas as vezes, não, embora acabem criando uma expectativa de ação sua. Esta é uma coisa muito comum entre as prefeituras distintas com quem conversei. O que percebi lá foi que Fortaleza assumiu um protagonismo no cenário internacional, existe conhecimento e curiosidade em relação a políticas públicas iniciadas na cidade, em relação ao seu próprio ambiente geográfico, à relevância que a cidade exerce hoje na América Latina. Esta é uma questão importante, que precisa ser valorizada para termos autoestima, amar, entender e valorizar o que temos de bom. Há, hoje, uma curiosidade global muito maior em relação ao que a gente está fazendo, ao que está acontecendo em Fortaleza.

 

OP - O que Fortaleza levou de contribuição para o encontro, a partir do que se vivencia na cidade?

ROBERTO CLÁUDIO -Eu diria que as nossas ações e os resultados práticos de curto prazo na área da mobilidade sustentável, não apenas as ações, em si, mas o que nós conseguimos produzir de conceito de mobilidade integrada, que trouxe ao trabalhador economia de tempo, ao meio ambiente redução da emissão de carbono, que estimulou o uso da bicicleta como definitivo modal de transporte na cidade, diria que esta é uma experiência vencedora e reconhecida lá fora.

 

OP - Médico de formação, o senhor enfrentou sérias dificuldades na primeira gestão na área da saúde. Imagino que a questão o incomode, particularmente, porque era uma das áreas de pior avaliação, provocando uma mudança no comando da Secretaria para o novo mandato. Já deu resultado?

ROBERTO CLAUDIO - Na saúde, temos hoje um problema mais do que de valor, temos um problema de expectativa. A nossa Constituição, a despeito de ter promovido muitos avanços sociais, ter assumido compromissos com a democracia, inclusão, oportunidades para pessoas que precisam mais, apresenta dificuldade em concretizar essas conquistas. O maior exemplo talvez esteja no sistema de saúde, onde o Brasil deu um passo avançado na questão do humanismo, do respeito às populações mais pobres, ao criar um sistema avançado e universal. Por outro lado, nosso país está tendo dificuldade para concretizar o insumo mais essencial à manutenção destas conquistas, que é o aparato financeiro. Muita gente costuma dizer que o problema do SUS é de gestão, não que não exista, que não seja necessário mostrar eficiência, que a gente não precise gastar melhor etc. Tudo isso é muito bem verdade, mas a verdade concreta, nua e crua, é que gastamos cerca de um terço dos sistemas mais organizados, como, por exemplo, o canadense. As dificuldades fundamentais na concretização das expectativas geradas com o SUS são de ordem financeira e, não por acaso, quem tem pago a conta são os municípios, com muita dificuldade. Os municípios deveriam gastar, pela Constituição, pelo menos 15 por cento de suas receitas correntes líquidas, mas Fortaleza gastou no ano passado quase 28 por cento. Diria que nós temos um problema de expectativa que só pode ser devidamente sanado com um novo modelo de financiamento, que garanta recursos exclusivos para a saúde.

 

OP - Isso está em discussão?

ROBERTO CLAUDIO - Infelizmente, não. O que está em discussão no Brasil é cortar recursos para saúde, na contramão da expectativa do cidadão. Entretanto, feita essa discussão, que é importante para fundamentar o que vou falar agora, nós ampliamos todos os serviços, praticamente triplicamos a cobertura do programa Saúde da Família, abrimos 20 novas unidades básicas de saúde, criamos uma rede de Upas municipais, que não existia, abrimos a primeira Policlínica, aumentamos os leitos hospitalares e, mesmo com todos esses avanços, há em Fortaleza, como há em todas as grandes cidades do Brasil, uma expectativa real de que a saúde, como pressupõe o SUS, não está acontecendo como o cidadão espera. Enfrentei basicamente, eu diria, um grande problema: além de ter prometido expandir o IJF, que vamos fazer no próximo ano, além de ter prometido expandir os leitos em hospitais menores, o que faremos já a partir desse ano, meu grande compromisso foi de ajustar o estoque de medicamentos. Isso tem demandado da gente, vou lançar agora no próximo dia 16 um sistema todo organizado, em que as farmácias estarão ligadas à Central de Abastecimento, todas com sistema de gestão de medicamentos, tudo informatizado e agora com um sistema de tripla redundância na compra e na logística de medicamentos. Tudo para garantir que um estoque mínimo de 84 medicamentos esteja, de fato, garantido em todas as farmácias. Além disso, para facilitar a vida do trabalhador, teremos as centrais de Medicamento dos terminais até dezembro, começaremos pelo de Antônio Bezerra, para garantir mais uma redundância ao estoque do posto de Saúde.

 

OP - Qual a posição do senhor sobre a discussão que acontece hoje na Câmara quanto a mudanças na Lei de Uso e Ocupação do Solo? Há uma crítica de que poderá ser danosa à cidade em aspectos urbanos importantes, como o ponto em que pode se dar a liberação dos gabaritos para construir na área da Beira-Mar.

ROBERTO CLAUDIO - Estou acompanhando o debate, tive a delicadeza de acolher todas as preocupações e acho que alguém, no calor dos debates, acabou confundindo alhos com bugalhos. A Luos nada mais é do que uma imposição legal que o Município tem de regulamentar, diga-se de passagem, já com atraso, o Plano Diretor anterior. Muitas das preocupações levantadas dizem mais respeito à revisão do Plano Diretor do que mesmo a Luos, todas as emendas apresentadas até o recesso do primeiro semestre, todas, foram apreciadas pela equipe da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, detalhadamente. Então, nenhuma delas foge dos valores e premissas fundamentais do plano Fortaleza 2040. A grande preocupação que tem sido levantada é de algum novo zoneamento da cidade que venha a divergir dos compromissos e dos valores do 2040 e isso não irá acontecer. É minha palavra! Até porque quero dar o bom exemplo, foi na minha gestão que se produziu o Fortaleza 2040 e quero implantá-lo já a partir desse segundo governo.

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OP - Nós estamos diante de uma crise econômica grave, que atinge governos estaduais e prefeituras municipais. No caso de Fortaleza, diz-se que há um cenário de equilíbrio, as contas parecem controladas, até as receitas registram crescimento. Mas, imagino, há um limite. Qual é ele?

ROBERTO CLAUDIO -É difícil fazer essa previsão, mas, realmente, há um limite, para todos os governos. Quando você tem padrões de receita em queda e padrão de despesas em alta, em algum momento haverá o encontro de despesas maiores do que as receitas. Tem três caminhos para isso, fizemos um primeiro ajuste no primeiro ano da gestão, fizemos um segundo ajuste no terceiro ano da gestão, quando a crise começava a aparecer, obedecendo a três cuidados: corte de gastos e de custeio, incremento de receita e captação de recursos para investimentos junto a fontes externas, principalmente financiamentos. Além disso, não começamos nenhuma obra a partir do terceiro ano, de convênio federal, sem ter o dinheiro integralmente em caixa, por isso não enfrentamos o quadro, que muitas cidades têm, de obras paradas. Quando começamos o ano de 2017, vivenciamos um grande tumulto, tumulto político, tumulto econômico e um quadro de instabilidade no plano nacional, optamos por uma postura conservadora, responsável, austera, numa linha de busca de objetivos claros e simbólicos. Por exemplo, cortando os carros oficiais de todos os secretários, reduzindo seus salários, não que isso represente uma economia em si, que até é, mas residual, o objetivo maior, porém, é dar aos secretários legitimidade para a cobrança de eficiência e cortes dentro de suas pastas. Depois buscamos, ai sim, cortes em contratos, cortes em cargos comissionados, em terceirizados, buscando que, no limite, tais medidas não afetassem a prestação dos serviços públicos. Por outro lado, estamos dando todas as condições tecnológicas, de inovações e de incentivo ao nosso fisco, para que possa aumentar as receitas municipais. Agora mesmo, Fortaleza foi, dentre 27 capitais brasileiras, a que mais teve arrecadação no primeiro quadrimestre do ano, comparado com o quadrimestre passado, sem aumentar alíquotas de IPTU ou ISS, como fizeram outras prefeituras. Houve, ainda, a continuação da política de captação de investimentos. De forma que estes foram os remédios que aplicamos, muita austeridade, especialmente no custeio da máquina, eficiência e valorização do fisco e, terceiro, captação de investimentos junto a fontes externas.

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OP - Ainda sobre crise, só que em outro campo, por que tornou-se tão difícil ser político no Brasil?

ROBERTO CLAUDIO -Boa pergunta. Diria que, primeiro, nos últimos dois, três anos, obviamente por causa de dados reais, concretos e agora em julgamento, há um noticiário muito mais policial do que mesmo propositivo da política. Nesse cenário, o cidadão que trabalha, passa muitas vezes dez, onze horas fora de casa, que não tem tempo para acompanhar bem o noticiário e as coisas da política, tem muita dificuldade de separar o joio do trigo, em saber qual é o politico que busca cumprir seu dever, sua tarefa, e qual é aquele que está lá para se dar bem. Digo que a principal razão é essa. Um segundo aspecto é a necessidade de uma maior participação popular, de uma maior organização da sociedade brasileira em torno da política, não a política partidária, mas nas organizações de bairro, nas ações de voluntariado, nessa vida cidadã comunitária. Eu diria que a soma destas duas coisas, o noticiário policial na política e o baixo engajamento do cidadão nas questões coletivas, tem trazido, por um lado, um distanciamento do cidadão das questões públicas e, do outro, ao passo que está distante, ele só consegue enxergar o lado policial.

 

Perfil

Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra. médico formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), tem PhD em saúde pública pela Universidade do Arizona. Entrou na política como deputado estadual nas eleições de 2006 e já no segundo mandato, tornou-se presidente da Assembleia Legislativa. Muito em função do apoio do então governador Cid Gomes, também determinante na sua escolha como candidato à prefeitura em 2012. Prestes a completar 42 anos, no próximo dia 15, é casado com Carolina Bezerra e tem duas filhas.

 

PERGUNTA DO LEITOR


Salmito Filho, presidente da Câmara de Vereadores


PERGUNTA - Na primeira gestão foram realizadas algumas etapas da Nova Beira Mar. Há previsão para a conclusão de todo o projeto?

Roberto Cláudio - A Prefeitura já entregou duas etapas do projeto da Nova Beira-Mar, o Mercado dos Peixes e o trecho localizado entre a Rua Teresa Hinko e novo Mercado. A próxima fase da obra, que irá contemplar todo o trecho da estátua de Iracema até o Aterro da Praia de Iracema, será iniciada assim que tivermos a liberação do financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Estou otimista e acredito que até o final de 2018 teremos a nova Avenida Beira-Mar totalmente pronta.

 

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EXTRAS

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