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Rayra Costa: "Vamos falar de brand com ing?"
Opinião

Rayra Costa: "Vamos falar de brand com ing?"

Branding, apesar de ser uma disciplina bastante difundida no design gráfico, perpassa as barreiras da identidade visual
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Por que tudo é mais importante do que cuidar com carinho da nossa própria marca? Branding, apesar de ser uma disciplina bastante difundida no design gráfico, perpassa as barreiras da identidade visual, da criação de um logotipo. É focada na questão de sobrevivência de um negócio, de sustentabilidade empresarial e, arrisco a dizer, especialmente, de relacionamento. Porque a marca, assim como o capital humano, o capital financeiro e a sede física de uma empresa, é um ativo importante. E não é porque ela está na caixa dos intangíveis que não mereça os cuidados necessários de quem entende do assunto. E por que o investimento em branding é tão negligenciado?

 

É fato que um dos motivos para responder a essa pergunta é que muitos não tiveram a oportunidade de entender a dinâmica do branding. O que é normal, visto tratar-se de um termo muito novo se comparado com os nossos conhecidos marketing, publicidade, design gráfico e afins. Para começo de conversa, não se inicia e se conclui um trabalho de branding. Esse “ing” precedido da palavra “brand” significa ação, algo que está continuamente acontecendo. Para ilustrar, vamos a um exemplo prático. Imagine uma empresa de pequeno porte que investe, mensalmente, R$ 2 mil do seu faturamento em comunicação e R$ 3 mil em desenvolvimento de novos produtos.


No fim de um ano, R$ 60 mil foram investidos, um valor significativo para os cofres dessa empresa. Contudo, no decorrer desses 12 meses, a marca não tinha elasticidade para lançar aquele tipo de produto. E a comunicação? Não existia coerência nos discursos. O digital utilizava uma linguagem informal, totalmente diferente da cultura corporativa da empresa. Já a publicidade até acertava no tom de voz, mas utilizava um universo de palavras que fazia parte do território do concorrente. Não havia um conceito e não comunicava em nada a essência da marca, que nem existia. Como fica, então, todo o investimento feito pela pequena empresa no fim de um ano?


Não fica, vai embora pelo ralo. Ou seja, quando há incoerência na mensagem passada pelos pontos de contato da empresa, o público-alvo não consegue absorver nada da mensagem. Então, não há conexão ou identificação. Troquemos a palavra “mensagem” por “proposta de valor”. É exatamente isso, a proposta de valor que o trabalho de branding entrega e recorre constantemente na hora de gerenciar os pontos de contato. Em linhas gerais, o branding é uma ferramenta estratégica de negócios, com foco em construir e gerenciar marcas, aumentando, assim, sua reputação, fidelidade e, consequentemente, o valor monetário. 

 

Rayra Costa

rayra@mosaicobranding.com.br

Publicitária da Mosaico Branding

 

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