São imputações extraídas a partir das delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, respectivamente dono e diretor da empresa JBS, mais a de Lúcio Funaro, ex-operador do mercado financeiro que atuava para o PMDB - e já condenado no mensalão.
A sociedade acompanha os fatos atenta, como nunca em outra época. E precisará continuar na vigília, porque o percurso desse caso ainda trafegará obrigatoriamente no Parlamento. Agora, o STF terá de informar à Câmara Federal, que em plenário - com maioria da base aliada - votará parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e decidirá se autoriza ou não a abertura do processo pela Corte Suprema. Temer usará essa carta, certamente, pois exala certeza de que a maioria dos parlamentares ficará contra a abertura do inquérito. Feito assim, restará ao STF arquivar a denúncia.
É da imprensa, mais uma vez, o olhar instantâneo deste momento lamentável de nossa história. Os livros só contarão mais adiante. Daqui a alguns dias saberemos se vamos ter um presidente da República suspeito oficialmente de corrupção ou ele se livrará legalmente do inquérito, mesmo contra a vontade da imensa maioria dos brasileiros. O cidadão, infelizmente, ainda não poderá decidir por conta própria, qual novo rumo deseja para o País. Mas terá indicações para se manifestar. Neste momento, vale cobrar punição a quem seja culpado - e respeito ao povo brasileiro. Nada menos que isso.