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W. Gabriel: "Windows perdeu o posto de maior do mundo"
Opinião

W. Gabriel: "Windows perdeu o posto de maior do mundo"

Se sua empresa ainda não é mobile, vale a pena a reflexão, independente do seu tamanho
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Os tempos realmente mudaram. Quem diria que o Windows deixaria o cargo de sistema operacional mais usado do mundo? Sua falha foi não ter se adaptado à tecnologia mobile a tempo. Será que você não está na mesma situação?

 

Em pesquisa divulgada pela StartCounter, o Android, sistema operacional do Google, ficou com 37,93% de utilização no mundo, enquanto o Windows ficou com 37,91%.


A superação do sistema da Microsoft mostra uma realidade ainda pouco percebida pelas empresas no Brasil: o mundo está cada vez mais mobile. Os exemplos são diversos, como o uso de redes sociais pelo smartphone; as compras a partir de aplicativos das lojas virtuais; os acessos rápidos e fáceis a sites corporativos a partir do celular; dentre outros.


A prova de que o Windows definitivamente não acompanhou essa evolução é a saída de grandes aplicativos. O mais recente anúncio veio do Spotify, app de música com mais de 100 milhões de assinantes, que abandona o Windows Phone e o Windows 10 Mobile e passa a oferecer atualizações estritamente relativos à segurança.


A debandada do Windows não para por aí. É o caso da Amazon, que retirou seu app da busca e depois o desativou. Existem também os casos PayPal e eBay, além dos jogos AngryBirds e The SimsFreePlay. Até apps profissionais, como o ZenDesk, recomendam migração para sistemas iOS ou Android. Já Facebook e Skype, que haviam anunciado a retirada de suporte a seus apps principais do Windows Phone 8.1, resolveram, por enquanto, manter o serviço para Windows 10, mesmo que aparentemente temporário.


Esse movimento de saída do Windows leva a entender que qualquer ação em internet atualmente exige adaptação mobile. Por exemplo, campanhas de publicidade digital específicas para dispositivos móveis, extensões de serviços cotidianos em aplicativos, até aulas possíveis de serem vistas no caminho para casa. Tudo precisa prever o uso de celulares e tablets.


A partir da ferramenta Google Analytics, é possível verificar se seu site está perdendo acessos por não ser adaptado a essa nova dinâmica da sociedade. A ferramenta separa a origem dos tráfegos em relatórios específicos, a partir dos quais é possível saber até o tipo de celular que acessou o site.


Se sua empresa ainda não é mobile, vale a pena a reflexão, independente do seu tamanho. A Microsoft viu consigo o preço do atraso, com Windows cada vez mais perdendo a hegemonia. A dúvida agora é: quem mais vai cair? Quem ficará de fora da próxima era? Ainda dá tempo mudar.

 

W. Gabriel

wgabriel@wgabriel.net

Mestre em marketing, professor e consultor de marketing em mídias digitais

 

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