Afinal, não é de hoje que o senso comum e a cultura popular consideram a máxima “A união faz a força” como uma lógica que deveria permear as sociedades empresariais principalmente quando, sozinhas, elas demonstram certa fragilidade e dificuldade de sobrevivência.
Principalmente porque esta é uma forma de organização, sem fins lucrativos, fruto da luta pela sobrevivência e por um ambiente empresarialmente mais favorável, que tem como finalidade a busca por benefícios comuns, por meio de ações coletivas e a defesa de interesses conjuntos.
Isso posto, pode-se perceber que, mais que uma prática ou forma de organização, o associativismo é uma espécie de construção, uma conquista, principalmente para os pequenos negócios que, ao decidirem atuar em conjunto, esquecendo diferenças e percebendo-se parceiros ao invés de rivais, eles conseguem avançar em competitividade, fortalecimento do poder de compra, compartilhamento de recursos, acesso conjunto a novas tecnologias e inovação, e passam a oferecer, ao mercado, um novo leque de possibilidades de atuação.
Por tudo isso é que o Sebrae, por vivência e observância dos resultados positivos, aposta no associativismo como diferencial competitivo e pilar do desenvolvimento sustentável. É verdade que os desafios têm sido grandes. Mas é cada vez mais claro observar que as pequenas empresas que se mantêm isoladas, atuando sozinhas, encontram mais dificuldades em enfrentar as exigências do mercado e aprofundam suas carências gerenciais e tecnológicas.
É claro que adaptar-se ao trabalho conjunto, estabelecendo e mantendo relações de parceria, é uma nova fronteira para o crescimento das MPEs brasileiras. Daí, porque o Sebrae puxou para si a missão de promover este tipo de interação, que está fortalecendo e disseminando a cultura empreendedora e que avançou tanto que tem aproximado grandes e pequenas empresas. Afinal, a união não faz só a força. Mas estimula, também, a vontade de fazer acontecer.
Alci Porto
alci@ce.sebrae.com.brDiretor técnico do Sebrae Ceará