De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH) parou de crescer em 2015, estacionando em 0,754. Ocupando a 79ª posição no ranking mundial, estamos atrás de Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela e Cuba. São os reflexos das crises política e econômica, que, desde 2014, vêm comprimindo investimentos em saúde e educação e proporcionando um expressivo aumento no desemprego, reduzindo a renda dos brasileiros.
Este quadro exige reformas criativas e estruturantes. Diante deste cenário, não há como evitar sacrifícios à sociedade. No entanto, é inaceitável que apenas a parcela mais pobre da população seja atingida com as consequências das mudanças necessárias para a recuperação da economia e para o equilíbrio fiscal. Da mesma forma, é inaceitável que setores estratégicos para a retomada do crescimento econômico sejam sacrificados sob o argumento de que os gastos públicos estão no limite.
Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação compõem um cardápio adequado para a geração de emprego e renda em tempos de crise. Logo, reduzir investimentos nestes setores só aumenta a crise e prolonga o sofrimento de todos. Já passa da hora de se pensar em um pacto nacional que envolva governos, políticos de todos os partidos, poder judiciário, empresários, intelectuais e movimentos sociais. Não há mais tempo a perder, a crise se agudiza e a sua debelação exige, de todos, um compromisso incondicional com o Brasil.
Jesualdo Farias
jesualdo.farias@gmail.com
Secretário estadual das Cidades e professor titular da UFC