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Palma de Ouro vai para filme sueco "The Square"
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Palma de Ouro vai para filme sueco "The Square"

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O júri do Festival de Cannes, presidido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar, contrariou todos os prognósticos ao atribuir, ontem, a Palma de Ouro a The Square, do sueco Ruben Ostlund. Foi a primeira vez que o diretor competia pelo prêmio máximo, vencendo cineastas consagrados na disputa como Michael Haneke, Todd Haynes e Sofia Coppola.

 

The Square faz uma crítica em tom de sátira à burguesia ocidental e do mundo da arte contemporânea. No filme, o curador de um museu de arte prepara uma exposição com grandes propósitos, centrada em engrandecer os valores universais, através de um simples quadrado desenhado no chão.


A mostra francesa, que se encerrou ontem, atribuiu, ainda, os prêmios de melhor interpretação masculina e feminina, respectivamente ao americano Joaquin Phoenix e à alemã Diane Kruger,.


Phoenix, de 42 anos, foi reconhecido por sua atuação em You Were Never Really Here, da britânica Lynne Ramsay. Ele interpreta um veterano da Guerra do Vietnã, traumatizado e violento, que tem que resgatar uma adolescente de uma rede de prostituição.


Diane Kruger foi premiada por seu primeiro grande papel em uma produção germânica, In the fade, do diretor Fatih Akin. No filme, a ex-modelo vive uma mãe de família que busca se vingar da morte de seu marido, de origem turca, e de seu filho, em um atentado cometido por neonazistas.


O prêmio de melhor direção foi para a americana Sofia Coppola, por seu filme O Estranho que Nós Amamos, uma adaptação do romance de Thomas Cullinan, que já foi levada aos cinemas em 1971 por Don Siegel, com Clint Eastwood como protagonista. “Obrigada ao meu pai, por ter compartilhado seu amor pelo cinema”, declarou a filha do cineasta Francis Ford Coppola, ao receber a Palma.


O Grande Prêmio da Mostra foi para o filme francês 120 battements par minute, de Robin Campillo, um dos favoritos da crítica. No longa, Campillo resgata uma história que ele próprio viveu, quando ingressou na associação Act Up, cujo ativismo foi chave para forçar o governo francês a enfrentar a epidemia de aids.


Outro filme que liderava os prognósticos, o drama familiar russo, Loveless, de Andrei Zvyagintsev, levou o prêmio do júri. Com o filme, um retrato áspero sobre uma sociedade russa brutal e desumanizada, Zvyagintsev levou seu terceiro prêmio na mostra francesa.


Em sua 70ª edição de aniversário, o Festival de Cannes atribuiu, ainda, um prêmio especial à atriz americana Nicole Kidman. (AFP)

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