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Nasa anuncia descoberta de sete planetas parecidos com a Terra
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Nasa anuncia descoberta de sete planetas parecidos com a Terra

Três destes planetas, inclusive, apresentam zonas aptas para abrigarem oceanos de água líquida. Clima é de muita comemoração
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Astrônomos descobriram na órbita de uma estrela-anã um fascinante sistema de sete planetas do tamanho da Terra, que representa o terreno mais promissor até hoje para analisar se há vida além do Sistema Solar, segundo estudo publicado ontem. “Estamos no bom rastro” para buscar a eventual presença de vida em exoplanetas, declarou Amaury Triaud, coautor do estudo, publicado na revista científica Nature.


Os sete planetas orbitam uma pequena estrela fria, a Trappist-1, localizada na nossa galáxia, a “apenas” 40 anos-luz da Terra. Eles têm tamanho e massa similares aos do nosso planeta, e quase com certeza são rochosos. Três deles estão situados em zonas aptas para abrigar oceanos de água líquida. Para os cientistas, sua proximidade com a Terra e a penumbra da sua estrela-anã vermelha representam vantagens cruciais para analisar as atmosferas e buscar as combinações químicas indicadoras de uma eventual atividade biológica.


O sistema Trappist-1 é, entre os conhecidos até agora, o que tem o maior número de planetas do tamanho da Terra que orbitam uma só estrela, e nele abundam as zonas temperadas, ou seja, onde não faz tanto calor para que a água evapore nem tanto frio para que se solidifique.


Surpreendentemente, os cientistas podem ter estado procurando no lugar errado, segundo as últimas descobertas. “Foi uma boa ideia estudar a órbita das menores estrelas da nossa galáxia e próximas de nós”, disse o autor principal, Michael Gillon, professor da Universidade de Lieja, na Bélgica.


Para detectar os planetas, os cientistas utilizaram o método de “trânsito” - quando um corpo que segue uma órbita passa entre uma estrela e o telescópio de um astrônomo, a luz estelar se atenua de uma forma quantificável. Mas então perceberam que os cálculos não quadravam, e por isso pediram para usar o telescópio espacial Spitzer da Nasa, afirmou Emmanuel Jehin, coautor do estudo, também da Universidade de Lieja.


“Isto permitiu períodos de observação durante 24 horas, o que foi crucial para descobrir que havia sete planetas”, acrescentou.


Gillon e sua equipe começaram a analisar a atmosfera de cada planeta. “Há ao menos uma combinação de moléculas” e “se (esta) estivesse presente de forma relativamente abundante, isto nos indicaria com 99% de confiabilidade que há vida”, disse o cientista.

 

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