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Além de morar, um lugar para viver bem
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Além de morar, um lugar para viver bem

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A primeira Cidade Inteligente Social (Smart City Laguna), que está sendo construída em Croatá, distrito de São Gonçalo do Amarante, a 55 quilômetros de Fortaleza, já vendeu os 1.400 lotes colocados à venda. Sem fazer lançamento oficial ou propaganda, tudo foi vendido em 22 meses. Da segunda etapa já foram comercializados em torno de 250 lotes de um total de 988. Mas os donos do empreendimento, a Planet e SG Desenvolvimento, dizem que o mais importante é vender o conceito de viver além de morar. São quatro os pilares de sustentação do empreendimento: pessoas e inclusão social, planejamento urbano e arquitetura, tecnologia e serviços e meio ambiente. A administradora, Susanna Marchionni, e o diretor Comercial da SG Desenvolvimento Urbanístico e Imobiliário, Rogério Cavalcante, falam mais sobre o sucesso desse projeto piloto que vai ser replicado.

 

O POVO - Quando serão entregues as primeiras casas?

Rogério Cavalcante - As primeiras já estão sendo construídas. A gente acredita que até o início de 2018 as casas estejam prontas.

 

OP - A Smart City vai ter outras etapas?

Rogério - Tem mais uma etapa com aproximadamente 5.300 lotes, sendo que desse total 2.000 serão destinados à construção de casas. Os projetos não serão todos do MCMV. Vamos ter todas as faixas de renda.

 

OP - Qual o perfil do público que comprou os lotes na primeira etapa?

Rogério - É um público bem amplo e variado. A nossa clientela passar por fortalezenses, cearenses até pessoas de outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, enfim temos compradores do País inteiro. E o que mais surpreende que a intenção dessas pessoas é em algum momento vir morar no local. Então pensando em se transferir futuramente para a cidade. Pensam em morar.

 

OP - Quanto custa um lote na Smart City Laguna?

Rogério - A partir de R$ 29,5 mil os lotes de 150 m². Também temos lotes de 175 m², a partir de R$ 35,6 mil, e de 245m² que custa 52,7 mil. Temos lotes padrão e outros que chegam até 500 m². Estamos vendendo em toda essa variação. Esse valor de R$ 29,5 mil, por exemplo, pode ser parcelado em até 120 vezes. Nesse caso a prestação fica em torno de R$246.

 

OP - O empreendimento já está ficando pronto?

Rogério - Sim. Dos 330 hectares (ha), 90 ha que correspondem a primeira fase com 1808 lotes, já estão praticamente prontos. E demos início às vendas da segunda etapa, recentemente. Essa etapa dispõe de 988 lotes e já temos cerca de 250 lotes vendidos.

 

OP - Qual a expectativa de valorização desses lotes?

Rogério - No começo quem comprou, há mais ou menos 20 meses atrás, hoje já realizou uma valorização de mais de 200% nos lotes comerciais. E os lotes residenciais tiveram uma valorização de quase 180%.

 

OP - O Smart City Laguna é um projeto piloto. A ideia é replicar esse projeto?

Susanna Marchionni - Temos a ideia de replicar no Brasil e tem muitos incorporadores nos procurando para realizar um projeto de cidade inteligente junto com a Planet Smart City.

 

OP - No Ceará tem possibilidade de construir mais uma smart city?

Susanna Marchionni - Temos conversando com um prefeito da região do Cariri. Na verdade existe a ideia de um consórcio, mas não é oficial, para unir Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha nesse projeto.

 

OP - Qual o valor do investimento no empreendimento Smart City Laguna?

Susanna - São US$ 50 milhões em tudo. Infraestrutura, projeto, o instituto, o aplicativo. Todo o pacote de construção e benefícios.

 

OP - As pessoas desconfiam de como é possível oferecer tecnologia, qualidade de vida e outros benefícios ?

Susanna - As pessoas, às vezes não entendem e questionam como pode ser tudo grátis. É simples. Primeiro trabalhamos com economia de escala, o empreendimento tem 330 hectares (ha). Depois tem o aplicativo e o Instituto. Eu posso oferecer meu aplicativo grátis aos moradores porque eu tenho meu negócio, publicidade e serviços, dentro do aplicativo. Tem que ter um equilíbrio no negócio entre o que comprar e o que vender.

 

OP - Como o projeto da Smart City trata da questão da educação ambiental?

Susanna - As pessoas que vão morar lá serão treinadas. No nosso planejamento esse treinamento deve perdurar por três anos e depois fica comum no dia a dia. As pessoas muitas vezes não estão acostumadas a ter essa qualidade de infraestrutura e serviços grátis, cinema, aplicativo. É preciso que as pessoas entendam que isso está ao alcance de todos e se acostumem.

 

OP - E qual é a infraestrutura que está sendo construída nesse empreendimento?

Susanna - Infraestrutura top. Primeiro com um grande investimento no subsolo (terraplanagem, drenagem profunda), uma avenida central de 60 metros de largura e pisos intertravados com superfícies antiderrapantes. E as outras de 43 e 32 e de 12 metros de largura as avenidas que chegam até as casas, ciclovias, faixa de ônibus separadas , áreas verdes e parques. A pessoa pode acessar a pé, sem necessidade de um carro. E ainda calçadas com larguras mínimas de 2,5 metros até sete metros. A legislação fala em 1,5 metro de largura. Não dá para andar com o carrinho de bebê. Além disso, a avenida central com toda a fiação, a parte elétrica é enterrada. Cada lote já vem com a ligação da água e esgoto.

 

OP - E a questão ambiental?

Susanna - Tem muitas área verdes, muitos parques. A lei fala que num empreendimento 45% deve ser destinado a malha viária, áreas institucionais e verdes. A gente repassou 51%. Ou seja, 6% a mais daquilo que a lei determina.

 

OP - Como o Instituto Planet e como ele atua na Smart City?

Susanna - O Instituto Planet Smart City começou a trabalhar na região, com projetos sociais, em agosto de 2016. O nosso livro que está no site se chama Viver além de Morar, esse é o conceito que queremos passar para o envolvimento das pessoas. Os projetos sociais são feitos para envolver as pessoas na vida da cidade. Temos uma biblioteca e um cinema que estão funcionando desde outubro do ano passado e é um sucesso na região toda.

 

OP - A Smart City Laguna é um loteamento?

Susanna - É mais que um loteamento. É uma cidade inteligente social. A primeira no mundo.

 

OP - E quais as empresas que estão a frente desse projeto?

Susanna Marchionni - A SG Desenvolvimento Urbanístico e Imobiliário está realizando o projeto no Brasil e tem a Planet grupo Italo-inglesa que inventou o conceito de cidade inteligente social. E que está desenvolvendo os projetos e as parcerias com a Tim, Enel, Samsung, Arup (que vai medir o grau de inteligência da cidade).

 

OP - No mundo existem alguns exemplos de cidade inteligente. Qual a diferença?

Susanna Marchionni - Existem várias cidades inteligentes no mundo só que o público é de ricos. A mais conhecida do mundo é a Masdhar City, nos Emirados Árabes. Mas não é social. O metro quadrado (m²) de um apartamento custa US$ 10 mil. Mas social o nosso é o primeiro no mundo todo.

 

OP - O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) influenciou na escolha da área?

Susanna Marchionni - Sim. Em 2011, a revista The Economist publicou que o complexo era um dos dez melhores lugares do mundo para investir. Aquela região tem um grande desenvolvimento econômico. Isso cria um grande déficit habitacional por isso a gente criou o projeto.

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