A conquista foi inédita. Pela primeira vez, uma equipe do Estado de São Paulo foi campeã do NBB. Até então, em oito edições, apenas Flamengo (cinco vezes) e Brasília (três) haviam erguido o troféu. O time do interior também pôde comemorar o segundo título nacional, já que faturou o torneio em 2002, sob chancela da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
A virada na série foi regida pelo maestro Alex Garcia. O ala teve mais uma atuação determinante, ao ser o cestinha do jogo com 24 pontos, além de contribuir com cinco rebotes e três assistências, e foi eleito o MVP (jogador mais valioso) da final. “Chega de vice, agora é campeão”, disse sobre o histórico de Bauru.
A chave para o título foi uma defesa agressiva, que sufocou o adversário e provocou precipitações. Bauru também soube ser mortal nos contra-ataques e eficiente nas ofensivas. “A equipe só venceu porque a defesa foi guerreira, marcou muito. E quando tinha a bola na mão teve uma porcentagem (nos arremessos) monstruosa”, afirmou Alex.
O técnico do Bauru, Demétrius Ferracciú, estava bastante emocionado. “Essa conquista tem um sabor especial por vários aspectos. Primeiro porque cheguei para substituir um técnico (Guerrinha) que conquistou vários títulos e existia uma pressão muito grande. Segundo porque comecei no basquete em Bauru, aos oito anos, no Luso de Bauru. E, por último, uma coincidência: sempre joguei com a camisa 9 e pude conquistar o NBB 9”, afirmou.
O treinador destacou o comportamento experiente da equipe para conseguir uma virada espetacular na série. “A experiência foi importante quando conseguimos colocar o Paulistano em xeque. Não entramos bem no primeiro jogo, fomos melhor no segundo e foi no terceiro que conseguimos mudar. Quando se tem um time experiente, uma vitória traz confiança. Ela veio gigante no quarto jogo e, quando levamos para o quinto jogo, já tínhamos o domínio da série e conseguimos a cereja do bolo”. (Agência Estado)