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O gesto vem se popularizando: o árbitro desenha uma caixa com as mãos e segue em direção a um monitor. O assistente de vídeo chegou para ficar, numa Copa das Confederações que encerrou sua fase grupos no domingo, com Cristiano Ronaldo e Alexis Sánchez como principais craques.
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O torneio entra em sua última semana com o México desafiando a campeã mundial Alemanha na quinta-feira, e Ronaldo e Sánchez se enfrentando no confronto entre Portugal e Chile amanhã. As duas partidas serão disputadas às 15 horas (de Brasília).
Mas o maior destaque da Copa das Confederações na Rússia vem sendo o assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês), utilizado pela primeira vez num torneio internacional de seleções, e protagonista em quase todos os jogos.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou estar “extremamente feliz” com as experiências com a tecnologia no futebol, mas reconheceu que “é preciso melhorar o processo e afinar a comunicação”. O sentimento é de satisfação, porque favorece o jogo limpo, mas há unanimidade sobre a necessidade de melhorar o sistema do VAR, que, por enquanto, vem sendo acompanhado de longas pausas, ratificações e confusão na hora de ser acionado.
“Para o fair play está certo, mas é uma agonia cada vez que o árbitro decide conferir o vídeo”, declarou o técnico do México, Juan Carlos Osorio.
“Só falta o show do intervalo e que joguemos dois tempos mais para que vire futebol americano”, reclamou o lateral chileno Jean Beausejour.
O chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, ressaltou que, dos dez casos em que o sistema foi acionado, seis decisões foram alteradas e não houve nenhum erro clamoroso. “Escolher o melhor ângulo de câmera o mais rápido possível, sob pressão, é algo ainda não natural. Após o torneio, trabalharemos para o futuro”.
Há também muitos detalhes que ainda não ficaram claros sobre o uso da videoarbitragem, principalmente em relação a quando pode ser usado e quando não pode.
Mesmo com o VAR, a arbitragem conseguiu complicar uma decisão aparentemente fácil no duelo entre Camarões e Alemanha. O colombiano Wilmar Roldán expulsou o jogador camaronês errado (Siani) depois de consultar o vídeo. Em seguida, precisou ser avisado do erro para se corrigir, apresentando o cartão vermelho ao jogador certo (Mabouka). (das agências)