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Fórmula 1 2017 tem carros mais velozes e exigentes
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Fórmula 1 2017 tem carros mais velozes e exigentes

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A Fórmula 1 2017 se propõe a abrir uma nova era. Depois da mudança no regulamento em 2014, com a adoção dos motores turbo, a categoria tem agora a maior alteração. Os carros estão na pista em Melbourne para mostrarem ao público novidades no visual, no barulho e, principalmente, na velocidade.

 

A tendência é que nas 20 etapas do ano ocorram seguidas quebras de recordes de tempo de pista. A maioria dos autódromos tem marcas já antigas sem serem batidas. É o caso, por exemplo, de Interlagos, onde desde 2004 tanto o melhor tempo de pole position como o de corrida —ambos do colombiano Juan Pablo Montoya — não é superado. Agora, porém, as novidades no regulamento devem forçar o surgimento de novos feitos. "É a primeira vez que a Fórmula 1 mexeu no regulamento para deixar os carros mais rápidos", resumiu Toto Wolff, chefe da Mercedes, atual tricampeã do Mundial de Construtores.


Os pilotos vão conseguir andar até 40 km/h mais rápidos nas curvas em comparação com o ano passado, em um total de quase 5 segundos por volta.


As novas dimensões das asas, pneus mais largos e mudanças aerodinâmicas possibilitam esse impacto. Os carros mais velozes, e também 20 kg mais pesados, vão exigir mais da parte física. "Há um ar de desconhecido nesta nova Fórmula 1. Será muito desafiador guiar", comentou o espanhol Fernando Alonso, da McLaren.


Os fãs da categoria tiveram um importante apelo atendido. Os motores de 2017, mesmo com configuração parecida à de anos anteriores, trazem como principal diferença a volta do barulho. A falta do som alto foi estabelecida em 2014, com a adoção dos motores turbo. A novidade impôs um ruído abafado à unidade motriz e foi criticada por parte do público. Preocupada com a perda de fãs, a categoria resolveu incluir no regulamento técnico para esta temporada a permissão para um limite de giros mais altos.


A temporada marca ainda uma grande mudança de gestão. Após estar durante quase 40 anos como o grande chefe e centralizador da Fórmula 1, o inglês Bernie Ecclestone deixou o cargo. O grupo americano Liberty Media se tornou o acionista majoritário da categoria e afastou o ex-dirigente. (Com AE)


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