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As saídas precoces das principais competições do primeiro semestre geraram muitos protestos das torcidas de Ceará e Fortaleza. Os dois clubes foram eliminados na 1ª fase da Copa do Brasil. O Tricolor saiu também da Copa do Nordeste ainda na fase de grupos, enquanto o Vovô, que não participou do Nordestão, depende de um empate entre Grêmio e América-MG, na próxima quarta-feira, 5, para seguir vivo na Primeira Liga. Mesmo se avançar, só volta a jogar pela competição em agosto. Apesar disso, é possível que ter saído logo dessas competições traga benefícios a longo prazo aos dois clubes.

 

Se os prejuízos financeiros, de visibilidade e de prestígio foram muitos, por outro lado é possível vislumbrar um ganho físico e tático para as duas equipes para a sequência da temporada.

Disputando apenas o Campeonato Cearense, Ceará e Fortaleza contam com calendários tranquilos até meados de maio, quando se inicia o Campeonato Brasileiro. É inegável que, em 2017, os acessos às Séries A e B são os principais objetivos de alvinegros e tricolores, respectivamente.

A ideia da semana sem jogos é desenvolver o preparo físico dos jogadores. Por isso, será possível chegar às disputas sem estafa por uma maratona de jogos no começo do ano, algo que atrapalha a preparação da maioria dos clubes brasileiros para o campeonato nacional.

Além disso, os treinadores Givanildo Oliveira e Marquinhos Santos poderão usufruir de maior tempo para ajustar suas equipes em busca de melhor padrão de jogo. A possibilidade de semanas livres, com jogos apenas nos fins de semana, permite sequência de treinos que ampliem o entrosamento.

Isso não significa que Ceará e Fortaleza conseguirão, ao final do ano, comemorar o almejado acesso para salvar a temporada. Mas, de toda maneira, devem chegar ao Brasileiro “na ponta dos cascos”.