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Em seis rodadas de Campeonato Cearense, a arrecadação bruta com os jogos é de R$ 821.952,00, aponta levantamento publicado no site da Federação Cearense de Futebol (FCF). Basta, no entanto, analisar de forma detalhada os borderôs das partidas para ver que os dados financeiros reais do Estadual indicam cenário mais difícil.

Levando em conta as despesas das partidas, os seis clubes que tiveram lucro até aqui (veja o quadro) arrecadaram juntas R$ 167.811,75. Já os outros quatro que apresentam saldo no vermelho tiveram juntos um prejuízo de R$ 80.369,52.

O superavit (lucro - prejuízos) do Estadual em termos de renda nos 30 jogos realizados até aqui é de apenas R$ 87.442,23. Uma média de R$ 2.914,74 de lucro por jogo.

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Ceará e Fortaleza estão entre os que mais arrecadaram. No entanto, os valores são considerados pífios pelos dirigentes das duas equipes. “Esse valor não significa absolutamente nada. Das alíquotas que tínhamos planejado, vamos ficar bem aquém. Para esses dois meses, prevíamos 500 mil de receita”, explicou Gigliani Maia, diretor financeiro do Fortaleza. O valor incluía também o referente à Copa do Nordeste, que está negativo. Subtraindo um pelo outro, o arrecadado do Leão foi de R$ 54.681,59.

O diretor financeiro do Ceará, João Paulo Silva, fez um comparativo com seus gastos e revelou que os R$ 41.079,46 “não representam nem o que se gasta na cozinha do clube com alimentação”. Ele também informou que só a viagem que o time fará para Juazeiro do Norte no fim de semana vai custar cerca de R$ 30 mil (mais de 70% do que o clube arrecadou no Estadual até aqui).

O que pode salvar o Vovô é o jogo contra o Flamengo, dia 22 de fevereiro, pela Primeira Liga, quando a expectativa é arrecadar R$ 1 milhão.

O destaque positivo fica por conta do Itapipoca. Jogando no Perilo Teixeira, a equipe lucrou R$ 42.325,50 e foi o único clube que não teve nenhum borderô negativo até aqui.

 

PAGANDO PRA JOGAR

Os quatro times que estão no prejuízo na competição não conseguiram arrecadação positiva alguma nos jogos que disputaram.

Guarani de Juazeiro, Guarany de Sobral, Uniclinic e Tiradentes estão pagando para jogar no Estadual.

“A maior causa desses déficits são as despesas da FCF e dos jogos, que são muito caras”, apontou Mardônio Cavalcante, presidente do Guarany.