Carter testou positivo para metilhexanamina, um estimulante proibido, na reanálise das amostras dos exames antidoping realizados pelos atletas na Olimpíada de 2008 pelo COI. Naquela oportunidade, em Pequim, ele abriu o revezamento para a equipe jamaicana, que vencera a prova com o tempo de 37s10, então recorde mundial do 4x100m.
Além de Carter e Bolt, a equipe da Jamaica também foi composta na final por Asafa Powell e Michael Frater. “A equipe da Jamaica está desclassificada”, anunciou o COI. “As medalhas, pins e diplomas foram retirados e serão devolvidos”, acrescentou a entidade, através da sua comissão disciplinar.
Carter foi ouvido pela comissão disciplinar do COI em videoconferência realizada em 17 de outubro. O jamaicano pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte contra a decisão. Já o próximo passo do COI será realizar a redistribuição das medalhas da disputa do 4x100m de Pequim.
E o Brasil será beneficiado, pois terminou a prova naquela oportunidade na 4ª colocação. Na Olimpíada de 2008 o quarteto do País foi composto por Vicente Lenílson, Sandro Viana, Bruno Lins e José Carlos Moreira, o Codó, que completaram a distância em 38s24. Assim, agora eles herdarão o bronze. Embora o COI ainda não tenha formalizado essa mudança, a equipe de Trinidad Tobago, então formada por Keston Bledman, Marc Burns, Emmanuel Callender e Richard Thompson, subirá um degrau no pódio, ficando com a medalha de ouro. Já a prata será entregue para o time japonês.
Carter foi apenas um entre as dezenas de atletas que foram flagrados em reanálises dos exames antidoping guardados pelo COI dos Jogos de Pequim e de Londres. Além de anunciar o caso do jamaicano, o comitê também confirmou que a russa Tatiana Lebedeba perdeu a prata do salto triplo, também em Pequim. (AE)