Os brasileiros terão uma nova opção de tarifa de energia elétrica por horário de consumo. Entrou em vigor ontem a tarifa branca, que promete baratear o preço da energia de 10% a 20%.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esclarece que serão priorizadas as solicitações para novas ligações e para unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 500 kW/h.

Para as unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 250 kW/h a adesão só poderá ser feita em janeiro de 2019. E a partir de 1º de janeiro de 2020 para todas as unidades consumidoras.

Segundo o coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Joaquim Rolim, se o consumidor do Ceará adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do período de ponta, das 17h30min às 20h30min, e fora do período intermediário, a opção pela tarifa branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida. “Entretanto, caso não haja um controle adequado pelo consumidor, a despesa total poderá ser maior”, afirma. A fatura deverá discriminar os valores de consumo em cada período (ponta, fora de ponta e intermediário).

Cautela

O pesquisador e empresário Fernando Ximenes recomenda cautela para os consumidores. “A tarifa branca de energia poderá acrescentar o custo de energia elétrica para o consumidor de baixo consumo, pois será opcional para unidades que consomem mais de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês”, afirma.

Explica que esse modelo poderá ser idêntico ao do grupo “A” com diferenças entre o horário de ponta cobrado mais caro e fora ponta com menor custo.

Fernando Ximenes reforça que quem quem optar pela nova tarifa branca de energia elétrica tem que ser capaz de aproveitar os horários fora de ponta ou terá que pagar mais caro na sua conta de energia. Para ele, as pessoas não vão conseguir manter o controle de usar a energia apenas fora do horário de pico.