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Estado se prepara para intensificar internacionalização
Economia

Estado se prepara para intensificar internacionalização

Os potenciais e os desafios para melhorar o processo de inserção do Ceará no mercado internacional foram apresentados ontem no Ceará Global, evento que debateu a internacionalização da economia
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Os ramos imobiliário, serviços, indústria e turismo são os que mais atraem investimentos estrangeiros no Ceará. Os dados fazem parte de estudo da Câmara Brasil-Portugal no Ceará que mostra que, até dezembro de 2016, os aportes em empresas cearenses foram de US$ 2,8 bilhões. O potencial, no entanto, é muito maior e o Estado se prepara para a internacionalização.


Ontem, os caminhos para ampliar esta atração de investimentos e impulsionar mais empresas a entrarem no mercado internacional foram temas do Ceará Global, evento que debateu a internacionalização da economia do Estado.


“O Ceará está se tornando global, entendendo como a relação do Estado e do mundo cria uma nova dinâmica econômica e de desenvolvimento. Mas para impulsionar isso é preciso agir junto em torno de uma agenda comum”, afirmou o presidente da Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará, Rômulo Alexandre Soares.

[SAIBAMAIS]

Além da posição geográfica favorável, ele destaca que estruturas como o Porto do Pecém e sua aproximação com o Porto de Roterdã; a Zona Processamento de Exportação (ZPE); a concessão do aeroporto para a alemã Fraport; e o Polo Industrial e Tecnológico da Saúde (PITS) do Eusébio são consideradas variáveis competitivas.


Para o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart, o Estado vive uma oportunidade única, já que tem contado com uma estabilidade das gestões públicas que tem permitido construir, junto com a iniciativa privada, um ambiente simbiótico para atração de negócios.


Ele diz, no entanto, que é preciso buscar novas formas de atrair investimentos, já que o Governo Federal sancionou a lei que convalida incentivos fiscais vigentes, mas a regra vai valer apenas pelos próximos 15 anos. “O que o Ceará irá fazer, além da sua boa vontade de criar infraestrutura? Não atrairemos novas indústrias se não tivemos condições competitivas”.


O gerente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos no Nordeste (Apex-Brasil), Sérgio Ferreira, destacou que apesar da crise, o interesse dos países estrangeiros em investir no Brasil tem crescido. De janeiro a maio deste ano, o investimento vindo dos Estados Unidos somou US$ 7,7 bilhões. O triplo ante mesmo período do ano passado. O Nordeste tem sido um importante polo de atração destes recursos (17%), perdendo apenas para o Sudeste. Destacam-se Maranhão e Ceará.


O Ceará Global é iniciativa da Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Câmara Brasil Portugal no Ceará e Fiec. Há apoio do Sebrae, Junta Comercial do Estado, Federação das Câmaras de Comércio Exterior e Grupo de Comunicação O POVO.

 

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