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Dia dos Pais movimentará R$ 120 milhões
Economia

Dia dos Pais movimentará R$ 120 milhões

Conforme pesquisa, a forma de pagamento à vista será escolhida por mais de 60% dos consumidores
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O Dia dos Pais deve movimentar R$ 120 milhões no comércio fortalezense. A estimativa é a de que as vendas superem em 7% o resultado do ano passado (R$ 112 milhões). Com o resultado esperado para este ano, o Dia dos Pais se consolida como a quinta melhor data para o varejo da capital cearense, de acordo com a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE) divulgada ontem.

[SAIBAMAIS]

O estudo apontou que os itens preferidos na hora de presentear os pais serão peças de vestuário, calçados, bolsas, perfumaria e relógios (45% dos entrevistados). Esta parcela é maior do que a apresentada em 2016 (39,8%). O perfil predominante do potencial comprador é do sexo feminino (46,3%), com idade até 20 anos (61,4%) e renda familiar entre três e seis salários mínimos (53,5%).


Entre os itens preferidos para presente, o vestuário se destaca com 49,6% de intenção de compra, seguido por calçados e bolsas (19,0%), perfumes (14,4%), e relógios (12,6%). Sobre o local onde vão comemorar a data, no próximo dia 13,79% dos entrevistados querem celebrar em casa e 13,7% em restaurantes. Apenas pouco mais da metade (51,3%) pretende comemorar o Dia dos Pais. Já entre os que vão aos restaurantes, destacam-se as pessoas com renda superior a seis salários mínimos (47,8%).


O valor médio dos presentes está estimado em R$ 149 e a forma de pagamento mais utilizada será à vista (64,8% dos pesquisados), seguido do cartão de crédito (36,5%).

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Ainda conforme o estudo, na hora de fazer comprar, o preço é o principal fator levado em conta para 54,8% dos entrevistados. “O Dia dos Pais é quinta melhor data para o comércio varejista local, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia das Crianças”, afirma a Fecomércio-CE.


Sinais de recuperação

Almir Bittencourt, professor de economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), disse que a melhora das perspectivas do comércio local já reflete os sinais de recuperação da economia nacional. “A inflação tem recuado todos os meses, a taxa de juros deve encerrar o ano na casa dos 7%, o PIB (Produto Interno Bruto) já apresentou uma melhora. Ainda temos uma taxa alta de desemprego, mas o número vem caindo aos poucos, de forma lenta e gradual”.

 

Apesar dos sinais de melhoras, Almir destaca o baixo poder de crédito que a população tem. O especialista diz que houve queda animadora da Selic, mas os juros ainda são muito altos para o consumidor. “Há uma diferença enorme ainda entre a taxa de juros da economia e os juros da linha de crédito para os consumidores. Os grandes responsáveis pelos juros elevados são os bancos. São poucos os grandes bancos que concedem crédito. As instituições se resguardam devido ao grande risco de inadimplência. Quanto maior o risco de não cumprir com os pagamentos, maior a cautela dos bancos e maiores serão os juros”.


Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza), Severino Ramalho Neto, espera-se movimento no varejo local de 5% a 10% maior que o mesmo período de 2016. “Nossa expectativa é positiva, estamos animados com o período comemorativo para o comércio local”, ressalta.


Para ele, o varejo já sabe que os clientes estão indo às compras com o objetivo de pagar à vista. “Os lojistas já sabem que o crédito está limitado. Por isso é preciso se encaixar na proposta do consumidor. As lojas que souberem melhor identificar esse perfil atual dos clientes vão se sobressair e atingir um volume maior de vendas”.

 

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