A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) criticou o plano de demissão voluntária (PDV) que está sendo elaborado pelo governo. O diretor da Condsef, Válter Cézar Dias Figueiredo, disse que a proposta “está fadada ao fracasso” e que a entidade vai orientar os servidores a não aderirem.
Para a Confederação, há uma carência de servidores públicos, o que tem refletido na baixa eficácia das políticas públicas, principalmente na área de saúde, educação e segurança. O diretor da Condsef disse que o argumento do governo é contraditório.
“De uma forma geral nós somos contra qualquer plano de demissão, até mesmo porque o governo fala que está fazendo reforma para gerar emprego e ele é o primeiro a promover o desemprego. Então há uma contradição muito grande nisso”, afirmou Figueiredo.
O sindicalista lembrou que uma iniciativa parecida foi adotada pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, na ocasião, foi baixa a adesão dos servidores. O representante dos servidores disse também que a medida pode contribuir para o “desmonte do Estado”, com o fechamento e privatização de órgãos.
Para ele, a maioria dos servidores que poderiam ser contemplados estão mais interessados em se aposentar. “A população de servidores públicos nos últimos anos envelheceu, a população acima de 50 anos de trabalhadores do serviço público cresceu. Então, é claro, a pessoa que está nessa idade está querendo é se aposentar e não entrar em PDV. Para entrar em PDV teria que ser uma coisa muitíssimo vantajosa”, afirmou Figueiredo. (Agência Brasil)