De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, o feirão representa um “marco” para a retomada do setor na capital cearense. Vem para facilitar não apenas a vida do consumidor, ao ofertar diversas opções, como também serve de “termômetro” para o mercado. “Estamos encarando esse feirão como uma retomada das vendas de estoque do setor imobiliário.
Quando acabar o estoque, os lançamentos podem voltar”, diz.
Parceiro da Caixa no feirão desde a 1ª edição, o diretor comercial da Muza Construtora, Araújo Ataick, avalia que o mercado passou por mudanças, mas que o momento é de retomada. “Hoje, são poucas as pessoas que podem comprar (um imóvel). E quando existe um cliente qualificado, a gente começa a trabalhar de forma diferente. Você tem que ver oportunidades”.
Ainda conforme Ataick, por meio dos feirões, é possível perceber mais claramente as mudanças de mercado e o que o público deseja, seja o tipo de imóvel ou as regiões mais procuradas, por exemplo. “A bola da vez”, garante, são os imóveis do segmento econômico, cujos valores não ultrapassam os R$ 400 mil.
Gestor comercial da MRV Engenharia, Carlos Davidson da Silva afirma que a empresa é também parceira da Caixa desde o primeiro feirão. “E somos o maior estande em volume de negócios. Só sexta-feira, atendemos mais de 300 pessoas”. A procura maior, especifica, são por apartamentos localizados em Fortaleza e enquadrados no programa federal MCMV.
“O feirão gera muitos negócios; é um impulso no mercado imobiliário como um todo. As construtoras conseguem dar vazão a seus estoques e, com isso, ganham mais pujança até pra fazer novos lançamentos”.
Apesar de não indicar em números, ao longo dos três dias de feirão, a MRV Engenharia fechou 30% a mais em negócios e recebeu um público 20% maior, conforme assessoria de imprensa. (LC)