O Estado terá uma reunião com representantes da Fraport, vencedora do leilão do aeroporto de Fortaleza, na Alemanha. A visita é uma espécie de “reforço” de informações à empresa sobre a infraestrutura do entorno do equipamento da Capital e abre a possibilidade de atrair novos investimentos. A informação foi confirmada ontem pelo governador Camilo Santana, em transmissão na sua página do Facebook.
De acordo com César Ribeiro, titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE), a agenda não tem apenas cunho institucional. “Não deixaremos de avaliar novas parcerias com outras empresas e com potencial de grandes projetos para o Estado”, afirma. A agenda e os setores não foram revelados. Haverá uma visita às instalações do aeroporto de Frankfurt também na segunda.
O hub (centro de conexões) da Latam deve ser tratado com a Fraport. “Faz parte (da visita) essa abordagem. Avaliar essa questão da expectativa do hub da Latam. O governador ficará encarregado”, disse. O governador destacou que, além da Latam estuda com outras companhias nacionais e internacionais a implantação de um centro de conexões. A Fraport deve assumir a operação do Pinto Martins em 28 de julho, mas com obras previstas apenas para 2018.
Polo de saúde
Na terça-feira (27), Camilo visita o Instituto Pasteur, em Paris. A missão é atrair a entidade para atuar no Polo Industrial e Tecnológico de Saúde (PITS) do Eusébio. “O instituto é referência em inovação e tecnologia. Além de atuar na atividade industrial, trabalha com desenvolvimento de pesquisas. São fatores que agregam valor ao polo”, avalia. Sobre uma eventual produção de fármacos, o secretário explica ser ainda preliminar. “O fato mais importante é trazê-los para o Estado para depois maturarmos a ideia. São questões que não foram discutidas”, explica.
Ele não descarta a possibilidade de uma parceria entre o Pasteur e empresas que atuam no PITS. “Seria interessante cruzar todo tipo de know-how com a Biomanguinhos”, avalia. As empresas que se instalarem PITS são beneficiadas com incentivos diferenciados de até 99% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerado em função da produção. “Isso obviamente depende do projeto, de quando vai ser instalado e do valor que o empreendimento terá para o Estado”, destaca César Ribeiro. (Átila Varela)