O cenário de seca intensa no Estado foi mote do encontro no Seminário Água Innovation que terminou ontem, no Centro de Eventos. Palestrantes debateram sobre a inteligência da gestão das águas, impactos econômicos e sociais no Rio São Francisco e inovação na gestão de águas e seu futuro no Ceará. Há um consenso de que pensar a gestão da água deve ser um exercício feito levando em conta os recursos disponíveis no Estado, para assegurar a sustentabilidade das propostas.

Carlos Matos, deputado estadual e presidente de acompanhamento das obras do São Francisco na Câmara Federal aponta para a importância do debate. “É preciso ficar mais atento na perspectiva de demanda e de que a água que consumimos é muito cara, independentemente de onde ela venha. É necessário que ocorra o uso racional desse recurso, antes que aconteça o pior nos próximos anos. O desperdício de 40% de água, os 25% que não é reutilizada e todo o processo de restauração do São Francisco exige atenção, o que justifica nossa presença aqui”, conta o deputado.

O consultor de recursos hídricos, Larry Simpson, dos Estados Unidos, diz que aprendeu muito com o Ceará e com as similaridades de seu País. “O problema da seca do Estado é muito parecido com alguns que acontecem nos EUA, a diferença, no entanto, é a economia. No Brasil, devemos trabalhar com o que temos antes de aplicar qualquer método ineficaz, como acontece algumas vezes em muitos países”, explica. Deste modo, Larry cita o sistema de reuso e de tratamento da água da chuva, como já foi aplicado em outras nações.

Já o professor Isam Sabbah, do ORT Braude College for Engineering, de Israel, conta que é necessário ser inovador e que é permitido cometer erros. “A maior lição que tivemos foi a de investir em tecnologia sustentável, o que é o maior caminho para o futuro dos problemas mundiais”, conta.

O Seminário foi promovido e realizado pelo O POVO e Sinduscon.