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Escolhas que fazem a diferença no orçamento
Economia

Escolhas que fazem a diferença no orçamento

A economia doméstica é uma aliada fundamental no planejamento financeiro familiar. Especialistas ouvidos pelo O POVO dão dicas de como pequenas mudanças de hábitos podem ajudar a trazer as contas sob controle
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Pequenas mudanças podem ajudar a controlar os gastos e a economia doméstica é uma aliada fundamental no planejamento familiar. Especialistas dão dicas valiosas para melhorar as finanças.

 

A professora aposentada do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Helena Selma Azevedo, destaca que na hora de fazer o planejamento são necessários pressupostos básicos para avaliar quanto se ganha e quanto se gasta. Acrescenta que a economia doméstica envolve não só o orçamento, mas estratégias de como combinar qualidade e custos com alimentação, vestuário, habitação, higiene, saúde, educação e lazer.


A especialista explica que o exercício financeiro entre gastos e renda tem várias possibilidades no caso de uma família de classe média. “Por exemplo, se comer fora está muito caro, a pessoa avalia a opção de comer em casa”, diz, considerando que neste caso deve-se pensar no cardápio e em quem vai cozinhar entre outras coisas.


O economista e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), Allisson Martins, ressalta que o planejamento financeiro traz uma série de benefícios. “Pois ao assumir o controle do orçamento doméstico, estabelecendo uma relação saudável com o dinheiro, consegue-se criar um ambiente favorável para as realizações de sonhos pessoais e profissionais”, completa.

 

Escolhas do passado

O especialista considera que a situação financeira atual é resultado das escolhas no passado. “Logo, se deseja algo distinto do hoje, esta é a hora de fazer a diferença”, comenta Martins. Ele também sugere uma conversa com a família sobre a necessidade de possuir um orçamento doméstico.

 

A professora Helena Selma salienta que uma dica fundamental é que o orçamento doméstico seja elaborado em conjunto com todos os membros da família. “Se não for compartilhado pode gerar muito estresse”, afirma, defendendo também anotar tudo para saber quanto se está gastando.

 

Orçamento

Para quem nunca fez orçamento, ela orienta que todos os gastos sejam anotados durante dois meses para depois fazer uma avaliação do que pode ser cortado. Para um equilíbrio imediato a professora sugere primeiro corte nos gastos variáveis com supermercado, farmácia etc., e a médio prazo nas despesas fixas (água, luz, telefone, prestações mensais dentre outros).

 

O mestre em economia Ricardo Coimbra afirma que não observar os gastos diariamente pode levar ao processo de endividamento das pessoas. “Bem como também à inadimplência caso a renda não seja superior as despesas”. Sobre as mudanças que podem ajudar a obter melhor controle financeiro cita anotar todos os gastos, mesmo que sejam pequenos.


“Anotar desde o cafezinho até os gastos mais elevados como planos de saúde, aluguel, prestações, etc. Ou seja, o ideal é fazer um controle diário de todas as despesas, para saber ao final do mês com o que gastou”, diz, salientando a prática é necessária para descobrir os reais gastos e saber onde pode fazer os cortes.

 

Gastos adicionais

Outra dica é sempre que for às compras fazer um levantamento do que realmente precisa, evitando assim compras por impulso e sem necessidade. “Sempre ter mais de uma opção de compra de produtos e sempre fazer comparação onde pode comprar cada produto”.

 

Ele recomenda também priorizar os locais de compra nos trajetos que faz diariamente para evitar gastos adicionais com deslocamentos. Caso contrário, a pessoa deve analisar se os deslocamentos adicionais para compras compensam.

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