O setor público brasileiro (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) registrou déficit primário de R$ 11,05 bilhões no mês passado, pior resultado fiscal para meses de março desde o início da série histórica do Banco Central, em 2001. Os dados reforçam a situação desfavorável nas contas públicas sobretudo porque a receita não está reagindo em meio à atividade fraca, as despesas seguem altas com juros e permanece grande a incerteza quanto a medidas pró ajuste fiscal - como a reforma da Previdência.

Foi justamente o Governo Central, com um rombo de R$ 11,69 bilhões, o responsável pelo resultado geral negativo em março. E novamente a Previdência Social puxou o déficit, com as despesas superando as receitas em R$ 13,09 bilhões em março. Esse é o pior resultado para o mês na série histórica, que neste caso começou em 1998.

“O aumento do déficit do INSS tem contribuído para a alta do déficit do Governo Central. Por outro lado, os governos regionais melhoraram seus resultados, passando de um déficit para um superávit”, disse o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha.