A crise na segurança pública não foi motivo para o fortalezense ficar em casa e isso se refletiu na movimentação no comércio e serviços no feriado de ontem, considerado tão bom quanto, ou melhor, ante mesmo período do ano passado. A exceção se deu nas lojas do Centro, que desistiram de abrir as portas, após a onda de ataques a veículos, delegacias e bancos em Fortaleza e Região Metropolitana desde a última quarta-feira, 19.
[SAIBAMAIS]No período da tarde, adultos e crianças começavam a lotar praças de alimentação, corredores e lojas em dois centros comerciais visitados pelo O POVO. No Shopping Iguatemi a concentração de visitantes era visivelmente mais intensa que a do RioMar Fortaleza.
Com shoppings e supermercados abertos, Severino Ramalho Neto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza), avalia o dia como positivo. Ele credita as boas vendas ao fato de muitas pessoas terem preferido permanecer na Cidade e não viajar, assim como à própria crise na segurança do Estado. “Esses eventos durante esses dias interferiram para que as pessoas ficassem em casa. Ao verem que tudo estava mais tranquilo, elas saíram”.
Mas o movimento não era assim tão esperado por todos. Gerente da loja Taco do Iguatemi, Carlos Eduardo diz que, diante dos últimos acontecimentos, até se surpreendeu com a intensa movimentação, dentro e fora da loja. “Tem muita gente aqui dentro do shopping e acho que é porque eles se sentem mais seguros. Provavelmente a gente vai superar o volume de vendas do feriado do ano passado”.
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Sobre o medo, ampliado por boatos da Cidade sob ataques, ele garante que nada disso atrapalhou no funcionamento dos estabelecimentos. “Não tive problemas com meus funcionários e nem dos clientes de chegaram à empresa”. Ponto positivo para as barracas é que o horário de funcionamento costuma ser diurno, o que reduz temores.
Hotelaria
NO SHOPPING E NA RUA
Feriado após ataques
1) O shopping RioMar Fortaleza foi opção para quem preferiu passar o feriado na Cidade. 2) Como consequência do pouco movimento, lojistas da Monsenhor Tabosa optaram por fechar mais cedo (a partir das 11 horas) suas portas. 3) No Centro, lojistas temerosos com a onda de violência preferiram não abrir. As ruas ficaram desertas.
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Temendo ataques e desmotivados por queda do movimento, empresários do Centro desistiram de abrir suas lojas na véspera do feriado.
Apesar da pouca movimentação na avenida Monsenhor Tabosa, alguns empresários relataram satisfação em manter as lojas abertas. “Era melhor que não vender nada”, diziam.
Além do prejuízo ao comércio, os ônibus queimados provocaram prejuízos de mais de R$ 5 milhões às empresas de transporte urbano metropolitano. Cada veículo custa R$ 365 mil. Danos totais ainda serão calculados.