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Centro Fashion é inaugurado com 3 mil boxes funcionando
Economia

Centro Fashion é inaugurado com 3 mil boxes funcionando

Empreendimento é alternativa para ocupação irregular da feira na José Avelino que já tem data para acabar
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O Centro Fashion Fortaleza, voltado para o comércio de moda popular, será inaugurado hoje com mais de 3 mil boxes, dos 4.500 comercializados, já funcionando. A abertura ocorre a pouco mais de duas semanas do fim do prazo dado pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, para a retirada dos feirantes da José Avelino, prevista para o dia 14. A expectativa é de que o empreendimento movimente em torno de R$ 2,5 bilhões por ano.

[SAIBAMAIS]

O espaço, apontado como uma das alternativas para ocupação irregular da via pública, no entorno do Dragão do Mar, está localizado na avenida Filomeno Gomes, nº 430, no bairro de Jacareacanga. E possui capacidade para 5 mil boxes, 90 lojas, 36 megalojas e uma praça de alimentação com 24 lanchonetes e dois restaurantes, com possibilidade de ampliação.


Além de 130 vagas exclusivas para ônibus, estacionamento para carros, motos e bicicletas, e hospedagem própria com 340 leitos para atender aos clientes do interior e de outros estados, que vêm a Fortaleza comprar mercadorias para revenda. O investimento feito pelo Grupo Marquise e a Construtora Preferencial é de R$ 120 milhões.


Francisco Philomeno Neto, diretor do Centro Fashion, destaca os preços: a taxa de adesão varia entre R$ 3 mil e R$ 25,1 mil e as taxas de manutenção entre R$ 50 a R$ 170 por semana, dependendo do tamanho do espaço e localização. Ele lembra que, para ficar na rua, os feirantes pagam valores aproximados, mas sem amparo legal, estrutura, segurança e comodidade.


“A viabilidade do prédio passa por oferecer os mesmos preços que hoje eles gastam. Por exemplo, o boxe popular (do Centro Fashion) trabalha com R$ 50 reais por semana, e hoje eles gastam muito mais que isso para ficar na José Avelino porque cada vez que tem feira, tem que montar as barracas, pagar estacionamento do carro, pagar carregador para levar mercadoria”, afirmou Philomeno, destacando que mais de 90% dos feirantes que já adquiriram boxes no local são provenientes da José Avelino. Ele diz que a ideia é que sejam firmadas parcerias com instituições como o Sebrae para capacitação dos feirantes tanto no sentido da formalização, como da qualificação como empreendedores.


O POVO apurou com feirantes da José Avelino que o custo inicial para ter uma barraca é cerca de R$ 35 mil. São até R$ 20 mil na “compra” pelo espaço na rua, que é irregular. O boxe custa até R$ 15 mil reais e pela estrutura de ferro ou madeira se paga cerca de R$ 390. Quem comercializa dentro de galpões tem custo inicial entre R$ 15 mil e R$ 50 mil – valor no qual já está incluso o espaço, o boxe em si e a sua estrutura.


Em comum, os feirantes pagam R$ 8 de estacionamento e entre R$ 5 a R$ 10 por feira para o carregador, que ajuda a levar a mercadoria para as barracas. Na rua, pagam-se R$ 30 por semana para a montagem do boxe e R$ 5 por cada ponto de luz que é puxado do poste – geralmente se usam dois pontos. “Uma mulher da feira passa cobrando. Se a gente não paga ela ameaça tirar a luz”. Já no galpão o custo por feira é de R$ 60 e o local tem iluminação própria.

 

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O custo inicial para quem vende na rua José Avelino, nos galpões do Centro e no empreendimento Centro Fashion são diferentes.


Segundo O POVO apurou, o custo inicial para vender na rua é de cerca de até R$ 35,39 mil; no galpão é de R$ 50 mil; e no Centro Fashion de até R$ 25,1 mil.


Por cada feira há um gasto também. Quem vende na rua paga, por feira, até R$ 53, com montagem de boxe, ponto de luz , carregador de mercadorias e estacionamento.Feirante de galpão gasta até R$ 88 com manutenção, estacionamento e carregador. E quem optou pelo Centro Fashion paga até R$ 50,5 por feira, com taxa de manutenção e estacionamento.

 

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