A despeito da redução do juro básico da economia e do esforço do governo em tentar reduzir o custo do crédito, a taxa cobrada pelos bancos voltou a subir em fevereiro. Dados do Banco Central mostram que o juro subiu especialmente nas operações para pessoas físicas. No cartão, o custo do crédito parcelado - operação oferecida pelos bancos como alternativa ao rotativo - subiu para o maior patamar da história.

O juro médio pago pelas famílias subiu de 72,7% em janeiro para 73,2% no mês passado. Apesar dessa alta, a operação mais cara do mercado - o rotativo do cartão de crédito - foi na direção contrária e teve queda de 5,2 pontos, para 481,5% ao ano.

Essa operação terá mudança a partir de 3 de abril, quando o uso máximo dessa linha será de 30 dias. Após esse período, os bancos terão de oferecer uma opção mais barata e têm escolhido o parcelado do cartão como “porta de saída”. O juro dessa alternativa, porém, subiu para 163,5%, o maior patamar da série histórica.

O Banco Central também divulgou ontem, uma nova pesquisa trimestral sobre as condições de crédito. O levantamento feito com instituições financeiras mostra melhora em todos os segmentos pesquisados, com clara reação positiva da demanda por empréstimos entre empresas e famílias. A reação mais pronunciada acontece no crédito habitacional para pessoas físicas. (Agência Estado)