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Cearense pesquisa água na Holanda
Economia

Cearense pesquisa água na Holanda

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Há nove anos na Holanda, o professor cearense Luewton Lemos estudou Engenharia Civil na UFC, onde fez graduação e mestrado (em Saneamento), até que embarcou para Delft para fazer o doutorado, em física aplicada. Nesta época, começou a trabalhar com sistemas de dessalinização. De 2008 a 2012 trabalhou como doutorando na Universidade. Defendeu a tese, fez concurso para professor e começou a dar aulas no Norte do país, na NHL. Casado com uma filósofa, a mulher faz mestrado em psicologia. Ele tem dois filhos, um adolescente no ensino médio e uma criança de seis anos. O mais novo nasceu na Holanda, mas como filhos de brasileiros, só teria passaporte europeu se os pais abrissem mão da cidadania brasileira. “Optamos pela brasileira, é claro”, diz Luewton.


A NHL é uma universidade de ciências aplicadas. Trabalha com a demandas das empresas. Uma das tarefas de Luewton é buscar convênios com empresas holandesas com negócios no Brasil. Tem projetos com empresas que têm filial no País. Exemplo é a Paques, em Piracicaba (SP), e a Water Let Fonds, em Minas. A Paques é a maior de tratamento de esgoto do mundo. Há mais de 10 anos está no Brasil.


Ele pode tanto trabalhar com a tecnologia das empresas na Holanda, testando equipamentos, como pode dar suporte no escritório brasileiro. Quando desenvolve projetos com estas empresas, ele traz alunos de mestrado e doutorado do Brasil para a Holanda. Quando voltam, são potenciais engenheiros da companhia. Outra, a Magnito tem unidade em Fortaleza.


O edital de dessalinização da Cagece tem cooperação de Luewton. Começou quando o governador Camilo Santana esteve no país, em agosto do ano passado, levado pelo presidente da Funceme, Eduardo Sávio. O presidente é ex-professor do pesquisador cearense na UFC. Na visita, Camilo conheceu o complexo Water Campus, uma área que junta empresas, escolas técnicas e universidade. Camilo viu possibilidades.


Uma delas foi a abertura de edital via Funcap, para buscar tecnologias para o semiárido, como alternativas de fontes de água. A outra hipótese era dar suporte para o edital de dessalinização que está sendo lançado pela Cagece.

 

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