Os produtores de camarão não apenas do Ceará, mas de todo o País, estão aprendendo a conviver com a doença da mancha branca. Como ela existe no mundo há mais de 10 anos, mas somente foi registrada sua epidemia no Estado no ano passado, a solução do setor é aplicar ações de boas práticas.

“Não tem remédio, nem vacina. Então estamos melhorando manejos e produzindo larvas mais resistentes à mancha branca. As estamos melhorando geneticamente em nossos laboratórios para ficarem resistentes às doenças. Aqui tem a mancha branca, mas no mundo existem mais de 10 doenças. Temos de nos precaver”, diz Cristiano Maia, presidente da Câmara Setorial da Cadeia do Camarão no Ceará.

Práticas como melhorar a ração dada ao camarão com mais proteína, criar menos crustáceos por área, passando de 20 por m² para 10 por m², impedir que caminhões de outras fazendas entrem em contato com produções do Ceará, criação em água salgada, que não é impactada pela seca e em temperaturas altas (acima de 31º) são práticas para evitar a mancha branca.

Itamar Rocha, presidente da ABCC, diz que 2017 é ano de recuperação para o setor. Para incentivar a carcinicultura, inclusive para a exportação, Rocha diz que em 15 de fevereiro se reunirá com o Banco do Nordeste do Brasil em busca de linhas de crédito para o setor. (Beatriz Cavalcante)