Cerca de 90% do total de lojas (300) e boxes (4 mil) hoje disponíveis no Centro Fashion - cuja construção está praticamente concluída (90%) - foram vendidas para feirantes oriundos da Feira da José Avelino. É o que afirma André Pontes, diretor do empreendimento de moda popular que será inaugurado dia 26 abril, no Jacarecanga.
Além de boxes, e uma média de 40 megalojas, o Centro Fashion vai abrigar 300 lojas, das quais metade já foi vendida. Em decorrência da alta demanda, segundo André, a quantidade de boxes prontos até o dia da inauguração será ampliada de 4 mil para 4.500, podendo chegar a 8 mil. “A gente está oferecendo os boxes na José Avelino e a maioria dos compradores são pessoas que estão lá. Estamos dando uma opção pra eles porque a feira realmente vai acabar; isso não somos nós que estamos dizendo”, ressalta André se referindo às declarações do prefeito Roberto Cláudio.
[SAIBAMAIS]Heron Moreira, presidente da União dos Feirantes, por sua vez, acredita que apenas 70% dos feirantes da José Avelino têm condições financeiras para adquirir um box ou loja no Centro Fashion. “Sem condições de trabalhar e com o rapa (fiscais da prefeitura) tomando a mercadoria, muitos desses que compraram já não têm nem como pagar”.
Os preços dos boxes variam de R$ 3.200 a R$ 25 mil, enquanto que o valor das lojas partem de R$ 40 mil, podendo chegar a R$ 100 mil. Cada 20m² de megaloja custa R$ 150 mil.
Com 70 mil metros quadrados (m²) de área construída, o equipamento receberá investimento total de R$ 100 milhões, calcula André. Mas a expectativa é que todo o montante seja recuperado em breve, projeta Francisco Philomeno Neto, também diretor do Centro Fashion. “A gente sabe que (o negócio) tem um tempo de maturação, mas nossa expectativa é ter retorno em três anos”. André projeta que o empreendimento deve chegar a movimentar R$ 2,5 bilhões por ano. E atrair turistas de compras que desembarcam de ônibus em Fortaleza, vindos principalmente do Pará, Piauí, Bahia, Maranhão e Interior do Estado.
Conforme André, a Feira da José Avelino “já chegou a receber mais de 100 ônibus, mas com as condições que estão lá, esse público vem caindo”. Elenca como principais problemas a falta de local para estacionar, multas e roubos a ônibus, bem como a falta de confortoa feirantes e consumidores.
Empregabilidade
Além de surgir como uma opção para os feirantes da Cidade, os empresários garantem que só em boxes serão gerados mais 9 mil empregos diretos e o dobro do número em empregos indiretos. Assim como na Feira da José Avelino, o local será aberto ao público de quarta-feira para quinta e de sábado para domingo.