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Valton de Miranda Leitão. Bem-vindos ao inferno!
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Valton de Miranda Leitão. Bem-vindos ao inferno!

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Valton de Miranda Leitão
valtonmiranda@gmail.com
Psicanalista

Essa irônica saudação foi espalhada pelos manifestantes que protestavam contra o encontro do G20 que reuniu as economias mais avançadas do mercado capitalista em Hamburgo, Alemanha. Os protestos resultaram em carros incendiados, policiais feridos e hospitalizados e centenas de pessoas presas.

 

As mazelas, pestes, catástrofes climáticas e a degradação ética que se espalham pelo mundo, certamente, é o que o G20 representa, pois, com certeza, o sistema do lucro infinito e da ganância desenfreada está levando o planeta à destruição.

 

Por mais que os angélicos liberais defensores de uma jamais encontrada ética concorrencial digam o contrário, assistimos ao desastre globalizado da falência do homem para conter a guerra de todos contra todos.

 

O Daimon grego que entra em ação quando todas as divindades antigas e atuais fracassam, coloca a humanidade na fronteira do mundo inferior, conhecido pelo apelido de inferno. Neste lugar, o kosmos da harmonia e da beleza é substituído pelo caos da desordem e do vício. O movimento
Iluminista, que entronizou a Razão e a Ciência, agora perplexo, apela para eletrônica informacional.

 

O Brasil na extensão do G20 vive o drama de um governo fraudulento sustentado por poderosas forças que agora se entrechocam num jogo infernal de faz-de-conta, afirmando que representam o princípio ético na luta contra os “corruptos” defensores da população.

 

O jogo descarado da mídia e dos seus colunistas midiáticos pretende que todos acreditem que não fazem parte de um golpe continuado contra o Estado Social. O judiciário que foi conivente com tudo isso desde a derrubada imoral do governo legítimo de Dilma Rousseff, agora está fragmentado entre principalmente o STF e o time curitibano da politicagem contra-esquerdista que tem à frente um juiz que deveria ser chamado com propriedade Globomoro. Nesse ambiente, a convicção paranoica toma o lugar da Lei, enquanto Procusto pronuncia a sentença.

 

Escrevi noutro lugar: “O sistema midiático conseguiu transformar um simples juiz num verdadeiro Procusto que juntamente com meia dúzia de rapazotes munidos do Vade Mecum do Direito, combinados com delegados fanfarrões, promovem no país o que proclamam como purificação da vida sociopolítica!”
O álibi de usar o combate à corrupção para massacrar um projeto social e suas lideranças centro-esquerdistas é levado a cabo, principalmente pelo principado de Curitiba, nascido em Maringá.

 

Veríssimo imortalizou o analista de Bagé e sugiro que faça o mesmo com o juiz de Maringá, pois o humor tira a máscara. O professor Marcos César Danhoni, da Universidade Estadual de Maringá, fez consistentes críticas jurídicas aos processos nazifascistas promovidos principalmente pelo juiz de Maringá e seu comparsa Deltan Dallagnol.

 

É nesta fronteira daimônica, na qual convicção vira fato e virtude vício, em que brevemente deve ser instalado um tribunal neutro e imparcial para julgar os desvarios e a insensatez que o projeto Lava Jato abriga.

 

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