Conhecido como "Rei do ônibus", o empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), Lélis Teixeira, deixaram ontem o Presídio de Benfica, na capital fluminense. Nenhum deles falou com a imprensa.
Os dois foram beneficiados por novo habeas corpus concedido sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, após uma disputa com o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que concentra os casos da Lava Jato no Rio.
Presos desde julho, Barata Filho e Teixeira são réus na Operação Ponto Final da Polícia Federal, desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de pagamento de propina a autoridades do Estado em troca de benefícios no sistema de transporte público. Barata Filho é um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio.
O novo habeas corpus expedido por Gilmar Mendes motivou a força-tarefa da Lava Jato no Rio a encaminhar para a Procuradoria-Geral da República um pedido de suspeição do ministro do STF em casos relacionados ao empresário.
Os procuradores alegam que o ministro tem relações pessoais com Barata Filho e afirmam que ele deveria ter se "autoafastado" do caso. Gilmar foi padrinho de casamento da filha do empresário de ônibus, Beatriz Barata, com Francisco Feitosa Filho, em 2013.
Agência Estado