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Resposta à Época. Eunício rebate revista e nega propina da JBS
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Resposta à Época. Eunício rebate revista e nega propina da JBS

Presidente do Senado diz, em nota, que não conhece o publicitário André Gustavo, que, segundo relatores, teria repassado o dinheiro para ele
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O senador Eunício Oliveira (PMDB) negou ter recebido propina da JBS durante a campanha eleitoral para o Governo do Estado do Ceará, em 2014, e disse que os documentos disponibilizados pela revista Época, de contratos entre empresas publicitárias e o frigorífico, que comprovariam o repasse da propina são “apócrifos”.

 

Na edição que começou a circular neste sábado, 29, a revista conclui que o presidente do Senado teria recebido R$ 318 mil em espécie por meio de um emissário e que o montante havia sido “arrecadado em supermercados”. A negociação, de acordo com a reportagem, era feita com o publicitário André Gustavo, que tinha o papel de distribuir os recursos entre políticos do Nordeste.

 

Em nota oficial, o senador Eunício alega não conhecer o publicitário André Gustavo Vieira e garante que “jamais esteve com ele ou a ele foi apresentado”. O peemedebista diz ainda que “não sabia da existência da Arcos Propaganda ou de quaisquer outras empresas em nome de André Gustavo Vieira até ser perguntado pela imprensa sobre o tema”.

 

Na publicação, documentos comprovariam que o parlamentar cearense teria sido beneficiado ainda de contratos fraudulentos com empresas que teriam sido indicadas por ele. Eunício, no entanto, nega a acusação dos empresários. Sobre o repasse da propina em espécie, o senador diz que “não condiz com a verdade nem com uma apuração jornalística ou policial sequer razoável”.

 

Segundo ele, “foram apresentadas minutas de contrato apócrifas entre empresas do Grupo JBS e fornecedores de serviços e produtos de comunicação e marketing que não se referem a nada que diga respeito à campanha ao governo do Ceará em 2014”.

 

O presidente do Congresso Nacional diz, ainda, que o Grupo JBS, por meio de sua holding, “contribuiu legalmente com a campanha do PMDB para o governo do Ceará em 2014 conforme registros e prestação de contas apresentado ao TSE”.

 

O publicitário André Gustavo Vieira da Silva, citado na publicação, foi preso na última quinta-feira, 27, na Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato deflagrada pela Polícia Federal. O desdobramento das investigações, acarretando na prisão de André, acabou assustando políticos do PT e do PMDB.

 

Os irmãos André Gustavo e Antônio Carlos são sócios da empresa Arcos, que teria sido supostamente indicada pelo senador cearense. Antônio foi preso em casa, no Recife, e André no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, na capital pernambucana. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo ou convertida para preventiva.

Atualização de matéria publicada em Radar, na página12.

 

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