Logo O POVO+
Economia. A arte de compartilhar espaços e dividir custos
DOM

Economia. A arte de compartilhar espaços e dividir custos

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

Enquanto a economia brasileira tenta ganhar fôlego para iniciar uma ascensão com mais vigor, empreendedores e pessoas físicas unem forças - objetivos e dinheiro - para reduzir gastos.

[SAIBAMAIS]

Em Fortaleza, há quem se junte a parentes para comprar maiores volumes de mercadorias e garantir preços menores. Ou escolha uma loja colaborativa para expor seus produtos, driblando burocracias e despesas comuns à abertura de um próprio negócio. Em outra ponta, grandes empresas lançam mão de estratégias com o intuito de baratear a distribuição de seus produtos e até gerar menos impacto ao meio ambiente.


Inaugurada em 2013, pioneira no segmento de loja colaborativa na Cidade, a Elabore reúne hoje, em um único local, produtos de 60 microempresários, incluindo peças de vestuário masculino e feminino, moda praia, decoração, calçados, até itens de tabacaria.


Para expor os produtos no local é necessário apenas optar por algum dos diferentes boxes, cujas dimensões variam de 30cmx60cm a 1m20cmx90cm, e pagar uma taxa administrativa mensal, que varia de R$ 200 a R$ 400.


Por estar localizada na Aldeota, o ponto de dois andares tem um valor de aluguel alto, o que, segundo a sócia-proprietária e fundadora, Larissa Machado Praxedes, 29, torna necessária a cobrança de uma taxa variável - a depender da marca - sobre as vendas dos expositores.

Os valores, porém, prefere não divulgar. “Nosso ponto tem alto custo, então existe essa porcentagem pra (o negócio) ficar rentável. E a gente disponibiliza a loja para eventos, showrooms, reuniões, coquetéis… O valor é para usufruir de tudo”, justifica.


Pelos cálculos de Larissa, quem recorre à loja, chega a economizar cerca de R$ 15 mil por mês. “Custos de escritório, condomínio, aluguel, imposto de microempresa, máquina de cartão, pagamento de dois funcionários na frente de loja, contador, advogado... Desde o zero, é possível economizar muito”.


A visualização de uma brecha no mercado local continua a proporcionar boa margem de lucro. Embora não revele quanto o negócio movimenta a cada mês, a proprietária - junto à irmã e sócia, Raquel, 30 - já fecha os últimos detalhes para a abertura de uma segunda loja. O foco será o mesmo: apostar em marcas locais, sem fechar portas para as de fora, exigindo produtos personalizados e de alta qualidade. “Vamos começar a prospectar pessoas que já esperavam pra entrar na Elabore”.


Economia de cada dia

 

Poupar o máximo possível é meta diária da professora Suzi Martins, 41.

Em parceria com a irmã, Alice, tem o hábito de esquadrinhar encartes e visitar estabelecimentos onde possa adquirir itens por preços mais atrativos e em volumes maiores. De uma só vez, compra materiais escolares para a filha, Suzane, de 13 anos, e para três sobrinhas. Com a estratégia, estima economizar até 40% em cada visita às livrarias.


“Eu e minha irmã fazemos uma equação, vemos os produtos que consumimos em comum e compramos tudo em maior quantidade”. No final, “todo mundo economiza”. E não só dinheiro. Tempo e combustível também, soma Suzi, declarando-se adepta a ofertas do tipo “compre 2 e leve 3”.


Em julho, não abre mão das viagens de férias e se planeja. Com pelo menos seis meses de antecedência, define o destino e já adianta os pagamentos. “A gente queria biquínis pra viajar à praia, então nos juntamos e compramos 10 pra revenda. Sai muito mais em conta”. No trabalho, ainda costuma fechar grupos com colegas para comprar roupas em liquidação.

O que você achou desse conteúdo?