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Religião. Internet e aplicativos para falar aos fiéis
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Religião. Internet e aplicativos para falar aos fiéis

Comportamento Aplicativo tira dúvidas sobre a religião judaica. Terreiro de candomblé marca celebrações pelo Whatsapp. Papa Francisco usa o Twitter com frequência
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A celebração do candomblé, chamada de xirê, no grupo Ilê Axé Omo Tifé, tem dia e horário marcados. Para que os fiéis não esqueçam, um lembrete é enviado semanalmente ao grupo do Whatsapp do terreiro, um dia antes do encontro, para todos os participantes. “Não podemos estar desconectados. 

 

Facilita muito a vida da gente”, diz George de Iemanjá, filho de santo Babalaxé no terreiro do grupo de Fortaleza.
 

As religiões têm se apropriado, cada dia com mais força, das redes sociais. O papa Francisco usa pessoalmente o Twitter em, pelo menos, quatro línguas. Os posts são pedidos de oração, alertas para a caridade entre os povos, informações sobre a fé cristã, mas não só. No dia 7 de janeiro, por exemplo, o sumo pontífice desejou Feliz Natal aos fiéis da Igreja Católica Ortodoxa Russa, que celebram o Natal nesta data, muito embora os ortodoxos comemorem no dia 25 de dezembro e não aceitem a reforma no calendário feita por papa Gregório, em 1582.

APP Legal Saber
O conhecimento do judaísmo agora é conectado. Um aplicativo, o Legal Saber, possibilita, a quem tiver um celular ou tablet com acesso à internet, tirar dúvidas sobre uma das religiões mais antigas do mundo. A ferramenta foi desenvolvida em 2015 pela equipe do rabino belga radicado em São Paulo, David Weitman e está disponível para iOS e Android. Traz mais de 150 palestras em áudio e vídeos, além de textos. O usuário recebe notificações cada vez que é incluída uma nova postagem.
 

“Depois de muitos anos dando palestras e discutindo temas relevantes,  decidimos unir o conhecimento”, aponta Weitman, em entrevista ao O POVO. 

 

O aplicativo não se destina somente ao público judeu. Mas a todas as pessoas que tiverem curiosidade sobre a forma como o judaísmo enxerga alguns temas. Casamento e Família, Ciências e Natureza, Torá e Judaísmo, Educação, História Judaica, Espiritualidade e Misticismo são os temas, segundo Weitman, mais procurados na busca.
 

As redes sociais são bons espaços para se propagar a mensagem de Deus. Na opinião do padre Clairton Alexandrino, pároco da Catedral Metropolitana de Fortaleza, a Internet pode ter usos bons e ruins, dependendo da forma como se apropria dela. Ele tem um grupo com os padres de Fortaleza e outro, chamado Amigos da Catedral, no aplicativo WhastApp. Nele, o sacerdote conta que são transmitidas as mensagens do Evangelho daquele dia, notícias sobre a igreja, comemoração de aniversário. “É muito bom porque possibilita a proximidade. Nem sempre se pode se visitar pela distância, então a gente usa como uma maneira de estar mais presente e de propagar o Evangelho”, diz.


A ajuda na rede social Whatsapp foi fundamental para que os fiéis da Igreja Batista Central (IBC), em Fortaleza, pudessem aumentar ainda mais os encontros de oração. No aplicativo, os líderes dos grupos combinam as pregações. E os fiéis confirmam os encontros. O estudante de psicologia Rogério Paulo de Sousa, 33, líder de um dos grupos da IBC, conta que, ao invés de deixar as pessoas cada vez mais presas em seus mundos, o aplicativo possibilita o encontro. “Porque é uma ferramenta que aproxima”, diz.

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