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Parceria estimula competências emocionais na escola
Cotidiano

Parceria estimula competências emocionais na escola

Convênio firmado entre o Governo do Estado e o Instituto Ayrton Senna busca desenvolver competências socioemocionais em 130 escolas de tempo integral da rede estadual
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Expandir a formação escolar, com a construção de competências socioemocionais como criatividade, inovação, flexibilidade, colaboração, disciplina e liderança. Esse é o objetivo de parceria firmada entre a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) e o Instituto Ayrton Senna. A colaboração, como uma consultoria especializada, já está sendo implementada em 130 escolas da rede estadual.

[SAIBAMAIS] 

A parceria deve se aprofundar após a assinatura de termo de cooperação, ontem, no Palácio da Abolição. Já há estudo para que mais escolas se integrem ao projeto.


Para Viviane Senna, presidente do instituto, a escola não acompanhou as revoluções de saberes e permanece atendendo ao mesmo modelo de dois séculos atrás. “Nós temos uma escola do século XIX, um professor do século XX e um aluno século XXI no mesmo lugar. Trazer a escola para o século XXI significa mais do que levar smartphones e tablets. Significa oferecer uma educação que vá além da fronteira cognitiva”, opina.


O instituto já desenvolve o trabalho em Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo.


Idilvan Alencar, titular da Seduc, explica que, nas 130 escolas — cerca de 20% da rede estadual — já há o trabalho de 30 psicólogos que receberam formação do instituto. Nas unidades escolares, os alunos contam com quatro horas adicionadas à carga horária voltadas às competências socioemocionais. Formação de professores, pesquisa com corpo escolar, definição de metas e indicadores serão implementados nos próximos meses.


Experiência

 

A Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Matias Beck já desenvolvia trabalhos de construção de valências socioemocionais dos estudantes. A parceria tem fortalecido os bons resultados. “Estamos inseridos em um contexto de vulnerabilidade social. Há quatro anos, tivemos dois alunos adolescentes assassinados. De lá cá, não registramos mais nenhuma perda. E, entre os registros de violência na própria escola, com bullying e agressões verbais e físicas, houve uma redução em mais de 70% ”, relata a diretora da escola, Virgínia Vilagran.

 

A experiência vai ao encontro de pesquisa desenvolvida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que aponta melhorias em resultados de português e matemática entre alunos que têm o socioemocional trabalhado na escola, cita Idilvan.


O Estado tem 187 escolas regulares e profissionais com ensino em tempo integral, com perspectiva de expansão, mas ainda sem prazos. “(Essas escolas representam) uma maior quantidade de tempo, mas não só. É mais tempo com a possibilidade de enriquecimento do projeto pedagógico, com a equipe escolar com mais condições de conhecer cada aluno, saber das necessidades”, comenta a vice-governadora Izolda Cela. “A formação das competências socioemocionais cumpre um dos objetivos mais nobres da educação: construir cidadãos que possam se responsabilizar pelos próprios projetos de vida e tenham condição de construir convivências mais pacíficas”.

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